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"Acredita que eu posso fazer?", perguntou | 22.04.25 - 15:37
Papa Francsico ao lado do enfermeiro Massimiliano Strappetti. (Foto: Vatican News)São Paulo - As últimas horas do papa Francisco, que morreu nessa segunda-feira (21/4), foram acompanhadas por Massimiliano Strappetti, enfermeiro e fiel assistente pessoal de saúde do líder da Igreja Católica. Foi ele que, nos momentos mais difíceis do pontífice durante a última internação no Hospital Gemelli, entre fevereiro e março, pediu aos médicos que não desistissem do pontífice.
"Obrigado por me trazer de volta à praça (de São Pedro)", disse ele ao seu enfermeiro por incentivá-lo a ter um último encontro com a multidão a bordo do papamóvel no domingo de Páscoa (20), horas antes de sua morte. Entre as últimas palavras do papa, segundo a Santa Sé, está a de agradecimento a quem, durante esse período de doença e muito antes, cuidou dele.
Strappetti, o enfermeiro que - como Francisco disse uma vez - salvou sua vida ao sugerir que ele se submetesse a uma cirurgia de cólon. O pontífice, então, nomeou seu assistente pessoal de saúde em 2022, de acordo com o Vaticano. O portal oficial da Santa Sé publicou nesta terça-feira (22), as palavras que o pontífice dirigiu ao seu fiel enfermeiro pessoal, naquele momento.
Após a tradicional bênção "urbi et orbi" da sacada da basílica de São Pedro, Francisco fez um passeio inesperado a bordo do papamóvel entre os milhares de fiéis reunidos para celebrar a Páscoa. Mas antes do trajeto, perguntou ao seu enfermeiro: "Acredita que eu posso fazer?" Strappetti o tranquilizou e o papa percorreu durante quase 15 minutos a praça, abençoando vários bebês no caminho.
Ele esteve ao lado do papa durante todos os 38 dias de internação no Hospital Gemelli e vinte e quatro horas por dia durante sua convalescença na Casa Santa Marta. "No dia anterior, eles foram à Basílica de São Pedro para rever o "percurso" a ser feito no dia seguinte, quando Francisco apareceria do balcão central da basílica", acrescentou a Santa Sé.
Tente de tudo, não desista
Em 25 de março, o médico Sergio Alfieri, chefe da equipe responsável por Francisco no Hospital Gemelli, em Roma, revelou detalhes sobre o momento mais crítico da internação, em entrevista ao jornal italiano Corriere Della Sera. Segundo ele, foi cogitado suspender o tratamento e deixar Francisco morrer, uma vez que ele vinha sofrendo bastante.
Alfieri também explicou, na ocasião, que o papa delegou as decisões a seu assistente pessoal, em quem sempre teve total confiança. "Strappetti nos disse: tente de tudo, não desista e ninguém desistiu", revelou Alfieri. (Agência Estado)