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Goiânia

Câmara aprova, em primeira votação, vacina gratuita contra herpes zóster

Projeto é da vereadora Kátia (PT) | 22.04.25 - 19:02 Câmara aprova, em primeira votação, vacina gratuita contra herpes zóster (FOTO: DIVULGAÇÃO)
A Redação

Goiânia -
 A Câmara de Goiânia aprovou, nesta terça-feira (22/4), em primeira votação, o projeto de lei da vereadora Kátia (PT) que prevê a oferta gratuita da vacina contra o herpes zóster na rede pública de saúde da capital. A medida visa ampliar o acesso à imunização, especialmente entre idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido, que são os mais suscetíveis à doença.

Com a aprovação em primeira votação, o projeto da vereadora Kátia segue agora para análise na Comissão de Saúde e, depois, para segunda votação em Plenário. Se aprovado, seguirá para a sanção ou veto do prefeito.
 
Ao declarar seu voto favorável ao projeto, o vice-presidente da Casa, vereador Anselmo Pereira (MDB), lembrou que é farmacêutico e que “todos os dias estou atendendo centenas de pessoas em minha farmácia para comprar antibióticos que amenizem o problema do herpes zóster”. Segundo Anselmo, o projeto da parlamentar petista é extremamente necessário.
 
Médica, a vereadora Rose Cruvinel (UB) também defendeu a aprovação do projeto, mesmo reconhecendo que não cabe à Câmara apresentar projetos de lei que criem despesas ao município. “Sabemos que não é nosso papel criar projetos que gerem despesas para a prefeitura, mas aprovamos esse projeto na CCJ e agora aqui no Plenário pela importância da provocação que ele irá causar na Prefeitura”, afirmou.
 
Autora do projeto, a vereadora Kátia reconhece que o Legislativo não pode criar leis que aumentem as despesas do Executivo, mas afirma ter certeza de que a disponibilização da vacina acarreta economia aos cofres públicos. “É com responsabilidade que apresentei esse projeto porque, com a prevenção, estaremos trazendo economia para o município, uma vez que evitaremos não só os gastos com consulta, mas também com antibióticos, medicamentos e até internação”, defendeu Kátia. “É uma doença extremamente prejudicial à saúde, que também atinge o sistema nervoso, e não adianta tomar vacina depois que já contraiu o vírus. Ela precisa ser antecipada. É preventiva”, completou a parlamentar.
 
Herpes zóster
Herpes zóster é uma doença de pele causada pelo vírus varicela-zóster (VVZ), o mesmo que provoca a catapora. Após a infecção inicial, o vírus pode permanecer dormente no organismo e se manifestar anos depois, provocando erupções cutâneas dolorosas e, em alguns casos, complicações como a neuralgia pós-herpética — uma dor crônica que pode persistir por meses ou anos após o desaparecimento das lesões.
 
A doença afeta principalmente pessoas com mais de 50 anos e indivíduos imunossuprimidos, como pacientes em tratamento contra o câncer, transplantados, portadores de HIV, entre outros.
 
A vacina Shingrix, aprovada pela Anvisa em 2021, é a principal forma de prevenção contra o herpes zóster. Ela é aplicada em duas doses, com intervalo de dois meses, e apresenta eficácia superior a 90% na prevenção da doença e de suas complicações.
 
No entanto, o alto custo do imunizante tem sido um obstáculo para grande parte da população. Em clínicas particulares de Goiânia, o preço por dose varia entre R$ 830 e R$ 970, totalizando até R$ 1.760 para o esquema completo. Esse cenário reforça a importância do projeto de lei, que busca tornar a vacina acessível a todos, independentemente da condição financeira.
 
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