A Redação
Goiânia - No primeiro trimestre de 2025 foram liberados R$ 762 milhões em financiamentos para empresários e produtores rurais goianos pela Câmara Deliberativa do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Nesta terça-feira (13/5), na sede do Sistema OCB/GO, em Goiânia, foram aprovados R$ 369,4 milhões, referentes a 170 cartas-consultas (projetos) de investimentos nos setores rural e empresarial de Goiás.
O FCO tem um orçamento total de R$ 3,7 bilhões para este ano. Para os setores rural e empresarial de Goiás, estão previstos cerca de R$ 1,83 bilhão. No primeiro trimestre deste ano já foram contratados R$ 456 milhões em operações para o setor rural e R$ 306 milhões ao setor empresarial, totalizando R$ 762 milhões.
Nesta terça-feira, a Câmara Deliberativa do FCO aprovou R$ 192,5 milhões em projetos para o setor rural goiano, destinados principalmente a projetos de infraestrutura e ampliação da produção agrícola. A previsão é que vão gerar 160 empregos diretos. Ao setor empresarial, o valor chegou a R$ 76,5 milhões, com previsão de criar 337 novos postos de trabalho. Além disso, foram revalidados outros 15 projetos, no valor total de R$ 100,3 milhões.
“Os números do FCO demonstram claramente a vontade do setor produtivo goiano de investir, gerar crescimento e maior renda para a nossa população. Tivemos um expressivo número de cartas-consulta aprovadas, com investimentos que vão gerar milhares de novos empregos no estado", destacou o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira.
O dirigente ainda afirmou que o FCO é uma fonte de recursos estratégica e que está sintonizada com as necessidades dos produtores rurais e empresários de Goiás. "O Fundo tem sido eficaz na correção de gargalos de infraestrutura e na superação de outros desafios importantes que ainda enfrentamos”, frisou.
Energia e armazenagem
Na reunião realizada na sede do Sistema OCB/GO foi apresentada e aprovada a proposta para aumentar o limite dos financiamentos e incentivar investimentos em geração de energia elétrica e construção de armazéns.
Para isto, se faz necessário aprimorar as linhas de financiamento para tornar mais atrativos os investimentos neste segmento. Especialmente os relacionados à cadeia de biodigestores, biogás, biometano e cogeração de energia elétrica a partir do biogás, bem como da geração de energia elétrica através de outras fontes renováveis, como a hídrica e solar fotovoltaica.
O limite para o financiamento de projetos voltados para energia limpa será ampliado para até R$ 10 milhões nas linhas do FCO Rural para projetos que envolvam biogás, biometano, fonte hídrica ou solar fotovoltaica. Isto deve viabilizar empreendimentos estratégicos, contribuindo para o fortalecimento do setor agroindustrial do Estado e incentivando a descentralização da geração de energia. Como consequência, espera-se redução da sobrecarga nas redes elétricas.
O aumento do limite de financiamento também contempla a construção de galpões de armazenagem. O valor será ampliado de R$ 3 milhões para R$ 5 milhões.