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Baseando-se em reconhecimento óptico de caracteres, esse trojan consegue escanear as galerias de fotos dos usuários e buscar senhas, frases de recuperação ou outros detalhes confidenciais que possam ser usados para hackear perfis de redes sociais e contas bancárias ou de criptomoedas.
Como o SparkCat opera
Como a maioria dos trojans modernos, o SparkCat se esconde em aplicativos aparentemente inofensivos que podem ser baixados inclusive em plataformas oficiais. Uma vez instalado, ele solicita permissão de acesso à galeria de fotos dos usuários e, então, começa sua ação maliciosa.
Ele é usado para escanear capturas de tela e imagens em busca de informações como frases de recuperação de carteira de criptomoedas e credenciais de login de contas virtuais. Os dados extraídos são enviados aos invasores, que podem usá-los para acessar contas, roubar fundos ou comprometer as informações pessoais da vítima.
Pesquisadores de segurança cibernética detectaram o SparkCat pela primeira vez no final de 2024. O malware foi encontrado em dois aplicativos de troca de mensagens, o WeTink e o AnyGPT, e num aplicativo de delivery, ComeCome. Todos esses aplicativos continuam disponíveis em plataformas como a App Store e o Google Play.
O método de infecção desses aplicativos está sob investigação, mas os especialistas suspeitam de uma possível intenção maliciosa dos desenvolvedores.
Por que os brasileiros devem tomar cuidado
Embora casos da nova ameaça no Brasil não tenham sido relatados, sua incidência não deve tardar. Com o crescimento de investimentos em criptomoedas e de uso de smartphones no país, os brasileiros são alvos altamente atraentes para golpes do gênero.
Assim, é fundamental que os usuários do Brasil fiquem alertas, não apenas com o download de aplicativos suspeitos, mas também com as imagens armazenadas em seus dispositivos. Dada a capacidade do SparkCat de recuperar dados financeiros diretamente de imagens, qualquer captura de tela com informações confidenciais, como chaves de carteira digital ou detalhes bancários, pode estar em risco.
Como se proteger
Para reduzir o risco de ser vítima do SparkCat ou de malwares semelhantes, especialistas recomendam tomar estas precauções:
? Instalar uma VPN. Uma VPN pode mascarar os endereços IP do Brasil, dificultando que invasores rastreiem ou tenham os brasileiros como alvo. Ao criptografar a conexão de internet, uma VPN fornece uma camada extra de segurança para atividades confidenciais, como transações de criptomoedas.
? Limitar o acesso às fotos. Os usuários devem se atentar às permissões solicitadas e apenas conceder acesso à galeria para aplicativos de desenvolvedores confiáveis e respeitáveis.
? Evitar salvar dados confidenciais em imagens. Como regra geral, deve-se evitar armazenar senhas ou frases de recuperação de carteira na forma de capturas de tela. Em vez disso, é recomendável usar gerenciadores de senhas seguros, que criptografam e protegem essas informações.
? Manter aplicativos e sistemas atualizados. Ao atualizar regularmente o sistema operacional e os aplicativos dos dispositivos móveis, o usuário se beneficia dos patches de segurança mais recentes e escapa das vulnerabilidades conhecidas das versões anteriores.
? Usar autenticação de dois fatores. A autenticação multifatorial aumenta a segurança das contas ao exigir mais de um processo para permitir a autenticação e a entrada nas contas. Assim, mesmo que as credenciais sejam violadas, o usuário consegue barrar tentativas de invasão com o segundo método de login.
? Ter cautela com novos aplicativos. Antes de baixar novos aplicativos, especialistas sugerem que os usuários verifiquem avaliações, informações do desenvolvedor e permissões necessárias. Solicitações suspeitas de acesso à galeria ou comportamento incomum podem indicar intenção maliciosa e devem ser tipos como sinais de alerta.
Embora as autoridades trabalhem duro para remover e coibir ameaças do tipo em plataformas oficiais, a participação dos usuários nesse contexto é essencial. Com as medidas preventivas acima, é possível não apenas se proteger, mas também ajudar na criação de um ambiente digital mais seguro para todos.