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Israel bombardeia o Irã em ofensiva para minar programa nuclear do país

Lideranças militares foram mortas | 13.06.25 - 08:52 Israel bombardeia o Irã em ofensiva para minar programa nuclear do país Vários locais foram atingidos pelos ataques (Foto: reprodução)
São Paulo - Israel bombardeou nesta sexta-feira (13/6) diversos alvos no Irã, no que chamou de “ataques preventivos” em meio ao acirramento das tensões no Oriente Médio. O governo israelense alertou sua população para o risco iminente de uma retaliação com “mísseis e drones” vindos do território iraniano.
 
Segundo o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, o alvo da operação intitulada “Nação de Leões” foi o programa nuclear do Irã, em uma “uma operação militar direcionada para reverter a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel.”
 
De acordo com a mídia estatal, o ataque resultou na morte dos dois mais altos líderes militares do Irã: o comandante das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, e o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami. O general Gholamali Rashid, vice-comandante das Forças Armadas, também foi morto.
 
Ainda segundo a imprensa iraniana, pelo menos seis cientistas nucleares morreram no ataque.

O ataque ocorreu enquanto os Estados Unidos lideravam esforços para negociar um acordo com Teerã que limitaria a capacidade do Irã de produzir armas nucleares e um dia após a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o órgão de vigilância nuclear da ONU, censurar o Irã por não cumprir com suas obrigações de não proliferação nuclear.

A ofensiva também marca o resultado de meses de desacordo entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu sobre as medidas com o Irã. Netanyahu há muito propõe o uso da força militar para sabotar as ambições nucleares de Teerã. Nesta quinta-feira, Trump afirmou que não queria que Israel lançasse um ataque, prevendo que isso destruiria a chance de uma solução diplomática.

"Acho que isso arruinaria tudo", disse ele. Em seguida, acrescentou um aceno para o outro lado da equação, dizendo que um ataque "pode ajudar, na verdade, mas também pode arruinar tudo". Trump descartou um plano israelense de atacar o Irã há meses, insistindo que queria uma chance de negociar um acordo com Teerã. Há duas semanas, Trump declarou ter alertado Netanyahu contra o lançamento de um ataque enquanto os EUA estavam em negociação. Os esforços, no entanto, fracassaram e não está claro qual o papel de Trump neste último ataque. Ataque esperado O ataque não foi uma surpresa.

O governo israelense danificou o sistema de defesa aérea iraniano durante seus ataques ao Irã no ano passado e planejou durante meses aproveitar a fragilidade de Teerã para realizar novos ataques. Prevendo uma escalada regional, os EUA retiraram diplomatas do Iraque na quarta-feira, 11, e autorizaram a saída voluntária de familiares de soldados americanos destacados em outras partes do Oriente Médio. Uma agência do governo britânico também alertou na quarta-feira sobre uma escalada que poderia representar maiores riscos para navios no Golfo Pérsico. O ataque foi um dos movimentos mais descarados em uma luta de décadas entre Israel e Irã que, até o ano passado, costumava ser conduzida por meio de operações secretas e não declaradas.

Durante anos, o Irã financiou milícias regionais que se opõem à existência de Israel e realizou ataques clandestinos contra a infraestrutura e os interesses israelenses. Israel, que se acredita ser a única nação do Oriente Médio com armas nucleares, vê o programa nuclear iraniano como uma ameaça existencial e há muito tempo realiza seus próprios ataques secretos contra o programa nuclear, cientistas e outras infraestruturas iranianas.

A guerra oculta veio à tona depois que do ataque terrorista do Hamas em Israel no dia 7 de outubro de 2023. O ataque resultou tanto na guerra em Gaza quanto num confronto regional mais amplo, que coloca Israel contra o Irã e seus representantes, incluindo o Hezbollah no Líbano, grupos armados no Iraque e os rebeldes Houthi no Iêmen.

O ataque israelense a um complexo controlado pelo Irã na Síria em abril de 2024 levou Teerã a disparar uma enorme barragem de mísseis contra Israel. O Irã lançou um ataque semelhante no outono passado, depois que Israel assassinou Ismail Haniyeh, um líder do Hamas, durante uma visita ao Irã no verão passado, e depois matou Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah. (Agência Estado,com agências internacionais) 



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