A Redação
Goiânia - Em menos de um mês, a Prefeitura de Goiânia acolheu 2.566 pessoas em situação de rua, por meio de ações emergenciais para enfrentar as baixas temperaturas na capital. Desde a abertura do abrigo emergencial no Setor Aeroporto, em 19 de maio, 880 pessoas foram atendidas no local. Outras 1.686 passaram pelas Casas de Acolhida Cidadã I e II, que seguem oferecendo abrigo, alimentação e assistência social.
As unidades oferecem pernoite, alimentação, kits de higiene, agasalhos, cobertores e atendimento com assistentes sociais. Além disso, equipes de busca ativa percorrem pontos estratégicos da cidade distribuindo cobertores, refeições e informando sobre os serviços disponíveis na rede de acolhimento do município.
Com temperaturas mínimas que chegaram a 13?°C durante a madrugada, as equipes da abordagem social intensificaram as ações, oferecendo acolhimento imediato e estrutura adequada para pessoas em situação de vulnerabilidade. O abrigo emergencial funciona 24 horas por dia e foi criado como resposta rápida para garantir dignidade, proteção e atendimento humanizado.
Já na primeira noite de funcionamento, em 19 de maio, 11 pessoas foram acolhidas. Entre elas, João Paulo, de 47 anos, que vive em situação de rua na capital. “Eu dormi em paz, com um cobertor, sem medo. Lá fora é difícil demais, a gente não sabe se vai passar frio ou fome. Aqui fui tratado com respeito. Isso muda tudo”, relatou.
Cleiton de Silva, de 39 anos, também passou a noite no abrigo. “É difícil encontrar um lugar seguro para dormir. Aqui eu tive paz, me deram cobertor, comida quente… até conversa boa eu tive. A gente só quer ser visto e cuidado”, afirmou.
O prefeito Sandro Mabel enfatizou o compromisso da gestão com a população em situação de rua. “Estamos comprometidos com a população goianiense. Em noites como essa, não podemos permitir que ninguém enfrente o frio sozinho. Mobilizamos nossas equipes para garantir proteção e dignidade a essas pessoas”, declarou.
Ele também destacou que a ação integra uma política permanente de acolhimento aos mais vulneráveis. “Uma cidade justa é aquela que não vira as costas para quem mais precisa. O abrigo emergencial é mais uma ação concreta da nossa gestão para garantir dignidade, proteção e acolhimento àqueles que enfrentam o frio e a invisibilidade nas ruas.”
A secretária de Assistência Social, Erizânia Freitas, reforçou que a ação vai além da entrega de itens básicos. “A rede de proteção da nossa capital está atenta. Não é apenas sobre distribuir cobertores, é sobre salvar vidas, garantir direitos e oferecer acolhimento. O frio é implacável para quem está nas ruas”, pontuou.
Ela acompanhou pessoalmente a abertura do abrigo e destacou a sensibilidade da gestão. “Não queremos que ninguém durma nas ruas nesse frio. Cada pessoa acolhida aqui representa uma vida que merece respeito, cuidado e dignidade. O abrigo emergencial é uma resposta rápida da gestão, mas com escuta, sensibilidade e olhar social. Estamos aqui para garantir que essas pessoas tenham mais do que um teto: tenham um recomeço.”
De acordo com a Semasdh, a campanha de acolhimento deve continuar até o fim de julho, quando termina o inverno, podendo ser prorrogada conforme as condições climáticas.
Locais de acolhimento disponíveis:
Casa de Acolhida Cidadã I – Avenida 24 de Outubro, nº 253 – Setor dos Funcionários. Telefone: (62) 99207-7758. Atende mulheres e famílias.
Casa de Acolhida Cidadã II – Rua 220, nº 887 – Setor Leste Universitário. Telefone: (62) 99207-8306. Atende homens.
Abrigo Emergencial (Setor Aeroporto) – Rua 25-A (antiga sede da Semas, atrás da Central de Óbitos). Telefone: (62) 99210-5843. Atende homens, mulheres e crianças.