A Redação
Goiânia - A prefeitura de Goiânia realiza um teste de qualidade do asfalto antes de ser levado para as ruas da capital. O controle é realizado pelo Laboratório de Solo e Betume, departamento vinculado à Seinfra, responsável pela verificação técnica dos materiais aplicados na pavimentação. A unidade realiza testes rigorosos em amostras de solo e massa asfáltica. Atualmente, o município utiliza o Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), uma massa asfáltica de alta resistência e qualidade superior.
Equipado com diversos instrumentos técnicos, o laboratório segue as principais normas brasileiras para a execução de pavimentação asfáltica: a NBR 7181, que estabelece procedimentos para os revestimentos asfálticos, e a DNIT 031/2024 – ES, que define diretrizes atualizadas para produção e aplicação de concreto asfáltico denso usinado a quente (CAP).
O processo de pavimentação começa com um planejamento técnico detalhado, que inclui análises de solo, topografia e drenagem para definição do projeto e do tipo de pavimento. A execução envolve diversas etapas: preparação do terreno, aplicação das camadas (subleito, sub-base, base, binder – material ligante, popularmente chamado de piche – e a camada de rolamento, que é a massa asfáltica propriamente dita), além de compactação e acabamento. O objetivo é garantir uma superfície resistente ao tráfego e com alta durabilidade.
O processo de controle de qualidade conduzido pela Seinfra se inicia com a coleta dos materiais usados na construção da base, composta por camadas de materiais granulares compactados. Utilizando a metodologia do Frasco de Areia, os técnicos colhem amostras em três pontos diferentes da via e realizam o ensaio de densidade “in loco”, verificando se a compactação do solo em campo atende aos padrões definidos em laboratório.
Na sequência, as amostras coletadas são submetidas a ensaios laboratoriais. O material é compactado em um cilindro metálico em cinco camadas, sendo cada uma submetida de 12 a 16 golpes de soquete. Após esse processo, o corpo de prova é imerso em água por quatro dias, para avaliação de resistência e permeabilidade. O ensaio é repetido com outros quatro corpos de prova, para que seja obtida uma média mais precisa. Caso os resultados estejam dentro dos parâmetros exigidos, a aplicação do material na obra é autorizada com segurança e conformidade técnica.
Esse controle rigoroso é essencial para garantir que os pavimentos entregues à população sejam duráveis, seguros e eficientes. O uso de materiais de qualidade inferior pode levar a falhas estruturais, como trincas, buracos e deformações, comprometendo a segurança dos usuários e a integridade das vias.
Outro momento importante do controle ocorre durante o carregamento do CBUQ. Assim que o caminhão é abastecido com a massa asfáltica, uma amostra é colhida e encaminhada ao laboratório. Caso apresente qualidade abaixo do esperado, o produto recebe mais material ligante até atingir o padrão ideal para aplicação. Esse monitoramento constante garante à cidade um asfalto mais durável e eficiente.
O processo segue diversas etapas. Primeiro, ocorre a seleção dos materiais, como asfalto e agregados, com base nas especificações técnicas e normativas. Em seguida, amostras desses materiais são coletadas e analisadas em laboratório para verificar se atendem aos critérios de qualidade. São realizados testes específicos para avaliar as propriedades físicas e mecânicas dos materiais, como resistência e durabilidade. Durante a aplicação do material em campo, são feitas inspeções para garantir a conformidade com o projeto. Após a conclusão da pavimentação, são realizadas avaliações de desempenho do pavimento em serviço, identificando possíveis problemas e realizando ajustes, se necessário.
Quanto aos tipos de testes realizados, há os testes de resistência, que avaliam a capacidade do material de suportar tração, compressão e deformação. Também são feitos testes de durabilidade, que verificam se o material suporta o tráfego intenso e as variações climáticas. O teste de compactação serve para confirmar se o material atingiu a densidade ideal, enquanto o teste de absorção de água avalia a capacidade do material de absorver umidade, o que pode impactar diretamente sua durabilidade.