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Ação ameaça a paz e segurança internacional | 22.06.25 - 12:28
secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres (Foto: ONU/Eskinder Debebe) São Paulo - O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que há risco crescente de o conflito entre Israel e Irã sair do controle, com "consequências catastróficas", após o envolvimento militar direto dos Estados Unidos. Guterres classificou como "escalada perigosa" o bombardeio americano contra instalações nucleares iranianas, realizado na noite deste sábado, dia 21. "Estou profundamente alarmado com o uso da força pelos Estados Unidos contra o Irã hoje. Trata-se de uma escalada perigosa em uma região já em crise - e uma ameaça direta à paz e à segurança internacionais", disse Guterres.
"Há um risco crescente de que esse conflito saia rapidamente do controle, com consequências catastróficas para os civis, a região e o mundo." O secretário-geral da ONU afirmou que os países precisam evitar uma "espiral do caos" e disse que não haverá solução para a guerra sem diplomacia. "Apelo aos Estados-Membros para que diminuam a tensão e cumpram as suas obrigações ao abrigo da Carta ONU e de outras regras do direito internacional. Neste momento perigoso, é fundamental evitar uma espiral de caos. Não há solução militar. O único caminho a seguir é a diplomacia. A única esperança é a paz", escreveu Guterres, em seu perfil no X (antigo Twitter).
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o bombardeio logo após o ataque ter sido concluído. Em pronunciamento na Casa Branca, ele ameaçou promover novos ataques caso o Irã revide, como promete, em vez de negociar a paz. Trump disse ter destruído totalmente as instalações de enriquecimento de urânio de de Fordow, uma fortaleza subterrânea, Natanz e Isfahan.
Autoridades iranianas confirmaram o ataque americano, condenaram-no como "ato bárbaro" e "ilegal", e negaram risco de contaminação radioativa nos locais atingidos. A extensão dos danos, no entanto, não foi confirmada por Teerã, tampouco verificada pela Agência Internacional de Energia Atômica. (Agência Estado)