São Paulo - A Câmara dos Deputados encerrou na noite desta quarta-feira (25/6) a fase de discussão sobre o projeto de decreto legislativo que visa a derrubada do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) proposto pelo governo Lula. Foram 353 deputados votando a favor do requerimento de encerramento da discussão, apresentado pelo União Brasil, enquanto 102 foram contra.
A derrubada do decreto representa uma derrota para o governo federal e a medida agora segue para o Senado Federal, onde também deve ser confirmada, em sessão de votação que pode ocorrer ainda nesta quarta-feira (25/6).
Em meio à orientação sobre o requerimento, o líder do União na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), saiu em defesa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), "convocou sessão desde a semana passada" sobre o tema, que "foi discutido por duas reuniões" no colégio de líderes. "Aqui ninguém se esconde. Estamos aqui para votar", indicou Pedro Lucas. Não havia data para que a Câmara analisasse o PDL.
Em pauta
A decisão de pautar a derrubada do decreto do IOF foi anunciada mais cedo pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em postagem as redes sociais. Segundo ele, a maioria da Câmara não concorda com elevação de alíquotas do IOF como saída para cumprir o arcabouço fiscal e tem cobrado o corte de despesas primárias.
Já o governo alega que a medida é necessária para evitar mais cortes em políticas sociais e maiores contingenciamentos que podem afetar o funcionamento da máquina pública. Além disso, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as regras do decreto corrigiam injustiças tributárias de setores que não pagam imposto sobre a renda. (Agência Estado)