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Motoristas

Greve no transporte coletivo de Goiânia é adiada

Negociações continuam na segunda-feira (30) | 26.06.25 - 16:03 Greve no transporte coletivo de Goiânia é adiada transporte coletivo da Grande Goiânia (Foto: divulgação)Samuel Straioto

Goiânia - A greve dos motoristas e cobradores do transporte coletivo da Grande Goiânia, prevista para começar nesta sexta-feira (27), foi adiada. A decisão ocorreu após pedido da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho (MPT), que convocaram nova audiência de mediação para a próxima segunda-feira (30), às 14 horas, no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO), no Setor Bueno.

O Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindcoletivo) comunicou oficialmente o adiamento, mas reforçou que o estado de greve está mantido.

Mobilização da categoria
A entidade sindical convocou todos os trabalhadores das empresas Rápido Araguaia, Redemob, Metrobus, HP Transportes, Soluções Transportes, Cootego e Viação Reunidas para acompanhar a audiência. A reunião será no prédio do TRT, localizado na Avenida T-01, esquina com a T-52, no Setor Bueno.

“A luta por melhores salários não pode ser apenas do sindicato. Contamos com a participação de toda a categoria, já que os benefícios serão para todos”, destacou o comunicado.

Proposta patronal foi rejeitada por maioria
A decisão de greve foi tomada no último domingo (22), durante assembleia realizada no Terminal Padre Pelágio, em Goiânia. Os trabalhadores rejeitaram a proposta do Sindicato das Empresas de Transporte Público (SET), que previa 4,86% de reposição inflacionária e 0,5% de ganho real, totalizando um reajuste de 5,36%.

Para o presidente do Sindcoletivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, a proposta ficou muito abaixo do esperado. Ele lembrou que, durante a pandemia, os trabalhadores mantiveram os serviços essenciais mesmo sem reajuste em 2020.

Além do aumento salarial, a pauta de reivindicações inclui a retomada do transporte dos funcionários até as garagens e a recomposição do adicional por tempo de serviço, retirado em 2017.

Impasse e histórico de negociações
A ausência dos representantes patronais na audiência de mediação do dia 17 de junho, no TRT, foi apontada pela categoria como um dos motivos que intensificaram o movimento grevista.

O salário médio de um motorista em Goiânia gira em torno de R$ 3 mil para uma jornada de 8 horas diárias. Em 2024, a categoria teve reajuste de 7,5%, homologado também pelo TRT.

Do lado patronal, o SET afirma que está aberto ao diálogo e que as negociações têm sido feitas de forma respeitosa. Segundo a entidade, nos últimos dois anos os trabalhadores tiveram ganho real acumulado de 9%, considerando as perdas geradas pela pandemia.

A próxima audiência será decisiva para definir se a paralisação será ou não retomada após o dia 30.

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