A Redação
Goiânia - A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Antissequestro (GAS) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), em cooperação com a Superintendência da Polícia Federal em Goiás, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (3/7), uma operação policial que resultou na prisão preventiva do homem apontado como mentor do sequestro-relâmpago de um empresário paulista.
As investigações revelaram que o detido atraiu a vítima de São Paulo para Goiânia, sob o falso pretexto de participação em uma reunião de negócios. Apresentando-se como empresário influente e assessor parlamentar da Assembleia Legislativa de Goiás, o investigado convenceu a vítima a hospedar-se em um hotel no Setor Marista, na capital goiana.
No dia 27 de junho, a vítima foi conduzida por um dos comparsas do suspeito, em um veículo, até o local onde ocorreria a suposta reunião. Durante o trajeto, dois criminosos armados — um escondido no compartimento de bagagens e outro que ingressou no veículo em movimento — renderam a vítima, submetendo-a a cárcere privado, agressões físicas e ameaças.
Os autores conseguiram que o empresário fizesse uma transferência no valor de R$ 6.813,28. Após o pagamento, a vítima foi abandonada em uma estrada vicinal às margens da rodovia GO-147, sendo posteriormente socorrida por um caminhoneiro.
Comparsas
Na sequência das diligências, os comparsas do investigado foram localizados na zona rural do município de Davinópolis. Ao reagirem à abordagem das equipes da Companhia de Policiamento Especializado da Polícia Militar (CPE/PMGO), entraram em confronto armado e, mesmo socorridos, vieram a óbito em atendimento hospitalar.
A PCGO apurou então que o mentor havia deixado o território nacional na terça-feira (1ª/7), embarcando no Aeroporto Internacional de Brasília (DF) com destino à cidade de Miami, na Flórida (EUA). A fuga, no entanto, foi frustrada por meio de articulação interestadual e internacional, com o apoio da Superintendência da Polícia Federal em Goiás.
Após os trâmites de cooperação policial internacional, o investigado foi reconduzido ao Aeroporto Internacional de Brasília, onde os policiais civis de Goiás realizaram o cumprimento formal do mandado de prisão preventiva. O detido foi colocado à disposição do Poder Judiciário e imediatamente exonerado pela Assembleia Legislativa de Goiás.
As investigações prosseguem com o objetivo de identificar e capturar o terceiro executor do crime, cuja participação já foi parcialmente elucidada a partir de elementos informativos colhidos na fase inicial da apuração.