A Redação
Goiânia - A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) se manifestou, por meio de nota, nesta quinta-feira (10/7), sobre o anúncio de sobretaxa de 50% sobre diversos produtos brasileiros, feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta (9). A medida tarifária passa a valer a partir de 1º de agosto e se soma às tarifas já aplicadas em março deste ano sobre o aço (25%) e o alumínio (10%).
No documento, a Fieg expressa preocupação com os possíveis efeitos sobre a economia goiana, especialmente em setores como agroindústria, mineração e autopeças, que podem sofrer perda de competitividade. “Estimativas preliminares indicam uma retração de até 15% no fluxo comercial entre Goiás e os Estados Unidos”, aponta a nota.
A entidade defende articulação técnica entre o Itamaraty, governos estaduais e setor produtivo para mitigar os danos e propõe medidas como diversificação de mercados, adoção de compensações fiscais para setores afetados e manutenção de canais de diálogo com o governo americano.
De acordo com o documento, os Estados Unidos são o maior investidor estrangeiro no Brasil, com estoque superior a US$ 156 bilhões, e o segundo principal parceiro comercial, com volume de transações que alcançou US$ 78 bilhões em 2024.
A Fieg reforça, ainda, que o momento exige posicionamento técnico, cooperação internacional e construção de estratégias comerciais sustentáveis, em favor da indústria goiana e nacional e da preservação de empregos e investimentos.