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Regulamentação da reciprocidade sairá nos próximos dias, diz Rui Costa

Alckmin se reunirá com setor privado | 13.07.25 - 16:32 Regulamentação da reciprocidade sairá nos próximos dias, diz Rui Costa Regulamentação da reciprocidade sairá nos próximos dias, diz Rui Costa. (Foto: Reprodução)
São Paulo - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse neste domingo (13/7), que o governo federal vai trabalhar ao longo desta semana no decreto de regulamentação da reciprocidade econômica para ter ferramentas de responder à tarifa de 50% imposta aos produtos do Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Vamos trabalhar nesta semana, vamos ter reunião com os ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, das Relações Institucionais e da Fazenda - tudo coordenado pelo vice-presidente Alckmin. E ao longo da semana, vamos fazer o decreto de regulamentação da reciprocidade e vamos analisar e preparar as medidas até o dia 1º de agosto", adiantou Dino.

O documento estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual, em resposta a medidas unilaterais adotadas por país ou bloco econômico que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira.

A jornalistas, após entrega de 260 unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida em Salvador, o ministro da Casa Civil levantou a hipótese de que a tarifa nem seja efetivada em agosto. "Se tarifa for efetivada, porque ele já mudou de posição outras vezes, adotaremos várias medidas para proteger a economia, o emprego e a atividade econômica do nosso País", disse.

Dino destacou ainda que o tarifaço de Trump "é um absurdo, chega a ser inacreditável". "Quando vimos a notícia, nos primeiros momentos, ninguém acreditou. Teve de confirmar com a Embaixada se era verdade ou não. Isso nunca aconteceu na história da diplomacia internacional, seja por enviar a carta por rede social. A carta até hoje não chegou fisicamente. Muito menos fazer a chantagem a um País ou nação", afirmou. 

Impacto em solo americano
Nos mesmo tom de Rui Costa, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin confirmou, também neste domingo (13/7), que o governo vai trabalhar para reverter a taxação americana. "Não tem sentido essa tarifa. Ela, inclusive, prejudica também o consumidor norte-americano. Nós entendemos que ela é inadequada, ela não se justifica. Vamos recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC)”.
 
Segundo Alckmin, ele se reunirá nos próximos dias com o setor privado. “Os Estados Unidos têm conosco superávit na balança comercial, tanto de serviços quanto de bens. O Brasil não é problema para os Estados Unidos. Os Estados Unidos têm déficit na sua balança. E o Brasil e os Estados Unidos têm uma integração produtiva. Nós temos 200 anos de amizade com os Estados Unidos. Então, não se justifica e o mundo econômico precisa de estabilidade e de previsibilidade”, disse Alckmin.
 
Taxação
O líder norte-americano anunciou uma taxa de 50% sobre todos os produtos importados dos brasileiros. A informação foi feita por meio de uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As tarifas passam a valer a partir do dia 1º de agosto.
 
No documento, Trump justifica a medida citando o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. O presidente norte-americano também destacou ordens do STF emitidas contra apoiadores do ex-presidente brasileiro que mantêm residência nos Estados Unidos. Trump cita ainda supostos "ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e a violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”.
 
"A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma Caça às Bruxas que deve acabar imediatamente!", escreveu Trump. (Agência Estado)
 
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