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Vice-presidente reuniu com o setor produtivo | 15.07.25 - 14:38
Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckimin, participa de entrevista coletiva após reunião (foto: Agência Brasil) Brasília - O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo ainda busca flexibilizar o prazo determinado pelo governo dos Estados Unidos para taxar as exportações brasileiras em 50% a partir de 1º de agosto. "O prazo é exíguo, mas vamos trabalhar para dar o máximo nesse prazo", disse nesta terça-feira (15/7), após reunião com representantes do setor produtivo.
A proposta do empresariado é de pelo menos mais 90 dias de discussão, o que foi reforçado por representantes do setor produtivo, como o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes. Conforme o vice-presidente, os executivos brasileiros farão parte da tentativa de pressão por maior prazo. O período, afirmou, poderá inclusive servir para acordos comerciais positivos. "É uma relação importante, que repercute também nos Estados Unidos, podendo encarecer a economia americana. E também é uma oportunidade para mais acordos comerciais", disse Alckmin.
Durante a reunião do comitê criado pelo governo para lidar com a crise, o empresariado se comprometeu a conversar com seus parceiros norte-americanos, o que serviria para chamar a atenção para os inevitáveis prejuízos mútuos. Segundo o vice-presidente, o governo brasileiro sempre manteve diálogo com os Estados Unidos. "Enviamos uma carta há dois meses sobre tratativa de acordo e não obtivemos resposta", afirmou.
Agora, diante da deflagração da ofensiva contra o Brasil, Alckmin disse que uma nova carta será enviada reforçando que o governo brasileiro aguarda respostas. Reiterando um argumento que tem sido utilizado por empresários e pelo governo, apontou que os Estados Unidos têm superávit na balança comercial. "De janeiro a junho (deste ano), as exportações dos EUA para o Brasil aumentaram 11,48%. As exportações do Brasil para os EUA, 4,37%", afirmou Alckmin.
Comitê
O nomeado Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais foi oficializado no decreto que regula a Lei de Reciprocidade Econômica (Lei 15.122/25). A reunião desta terça contou com a presença de 18 executivos de diferentes setores. Um novo encontro está marcado para esta quarta-feira (16/7).
Ainda nesta terça, o comitê realiza uma segunda reunião quando o foco será o agronegócio. Além do vice-presidente e empresários, estavam presentes o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra do Planejamento, Simone Tebet; a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho. (Agência Estado)