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INICIATIVA

Movimento Reciclar cria grupo estratégico para ampliar reciclagem em Goiânia

Reunião ocorreu na sede do Sistema OCB/GO | 15.07.25 - 18:38 Movimento Reciclar cria grupo estratégico para ampliar reciclagem em Goiânia Movimento Reciclar cria grupo estratégico para ampliar reciclagem em Goiânia (foto: divulgação)
A Redação

Goiânia
- Representantes do setor produtivo, Prefeitura de Goiânia, Universidade Federal de Goiás (UFG) e entidades como o Codese e o Sistema OCB/GO formaram, nesta terça-feira (15/7), um grupo de trabalho para impulsionar as ações do Movimento Reciclar. A meta é reciclar 10% do lixo da capital até 2026 e alcançar 50% até 2033. A primeira reunião do grupo ocorreu na sede do Sistema OCB/GO.

Lançado em 30 de junho, o Movimento Reciclar tem como meta superar os baixos índices de reciclagem de resíduos sólidos urbanos em Goiânia. Atualmente estimados em apenas 1,8%, o objetivo é elevar para 10% até 2026 e, no mínimo, 50% até 2033, ano do centenário da capital.
 
O presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, destacou que um dos maiores desafios da iniciativa é a remuneração pelos serviços prestados por cooperativas e coletores de resíduos sólidos. Atuando como agentes ambientais, eles oferecem um serviço essencial à população. Mas quase sempre são invisibilizados, ficando à margem de políticas públicas de incentivo.
 
“Formado esse grupo de trabalho, vamos marcar uma reunião com o prefeito Sandro Mabel para conhecer sua posição sobre o tema. A partir disso, podemos iniciar ações em várias frentes, como a conscientização da população para a separação dos resíduos recicláveis nos domicílios e a definição de como será feito o transporte até as cooperativas, que são responsáveis pela triagem”, afirmou.
 
Luís Alberto frisou que o tema é complexo e exige uma orientação clara do poder público para que se chegue à melhor solução. “Vamos buscar convergência com todas as entidades que assinaram o pacto do Movimento Reciclar”, concluiu.
 
Encaminhamentos
O diretor de Comércio, Serviços e Cooperativismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços (Sedicas), Giuliano Miotto, sugeriu a criação de um sistema que valorize o trabalho dos catadores e das cooperativas, promovendo a inclusão social. Entre as possibilidades, está um projeto que destine parte da Taxa de Limpeza Pública para essa finalidade.
 
 O presidente da Comurg, Coronel Cleber Aparecido Santos, informou que a companhia pode aportar recursos às cooperativas por meio da conversão de multas aplicadas pelo Ministério Público do Trabalho em equipamentos e veículos, como caminhões. No entanto, alertou que, para isso, as cooperativas devem apresentar planejamento e gestão adequados, a fim de garantir o uso eficiente desses recursos.
 
“Vale lembrar que o apoio à capacitação na gestão das cooperativas, para melhor planejamento, é um dos papéis do Sistema OCB/GO dentro e fora do movimento”, destaca Luís Alberto. Diante da complexidade do desafio de elevar os índices de reciclagem em curto prazo, o Coronel Cleber também reforçou a necessidade de harmonia entre todas as iniciativas envolvidas no processo.
 
O diretor do Polo de Tecnologias Sociais e Sustentabilidade da UFG, Carlos Hoelzel, informou que há um espaço de 35 mil metros quadrados na universidade, em grande parte ocioso, que pode ser utilizado pelo Movimento Reciclar. “A universidade entrega pesquisa, extensão e capacitação. Já promovemos, por exemplo, um curso de engenharia de produção para cooperativas”, relatou.
 
Sobre o movimento
O Movimento Reciclar está estruturado em cinco etapas. A primeira, já iniciada, é a mobilização. A segunda fase prevê uma ampla campanha de conscientização e educação ambiental, voltada à população e aos setores produtivo e educacional.
 
A terceira etapa será o fortalecimento da coleta seletiva, com contratação de cooperativas, ampliação dos ecopontos e instalação de pontos de entrega voluntária. A quarta envolve a implantação da infraestrutura necessária para o funcionamento completo da cadeia da reciclagem, incluindo armazenamento, transporte e distribuição.
 
Por fim, a quinta etapa busca a integração com a indústria, tanto na origem,  com a produção de materiais mais sustentáveis, quanto no reaproveitamento de matéria-prima reciclada. O Movimento também prevê o fortalecimento da logística reversa, incentivando maior responsabilidade da indústria no recolhimento de resíduos, especialmente de setores que já possuem obrigações legais, como fabricantes de bebidas e eletrônicos.
 
O movimento mobiliza diversas entidades goianas, como o Sistema OCB/GO, Codese, Sebrae-GO e Fórum das Entidades Empresariais de Goiás (FEE), entre outras. Também participam o Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Retomada, o Ministério Público de Goiás (MPGO), a Prefeitura de Goiânia, a Câmara Municipal e instituições de ensino como UFG e PUC-GO.

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