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Campus Urutaí

IF Goiano forma 18 duplas de cão-guia e prepara novas para 2026

Foco é proporcionar autonomia a pessoas cegas | 17.07.25 - 08:27 IF Goiano forma 18 duplas de cão-guia e prepara novas para 2026 (Foto: IF Goiano)
Jales Naves
Especial para o jornal A Redação

Goiânia - Criado em 2008 pela Lei nº 11.892, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), campus de Urutaí, GO, realiza importante trabalho na área de ensino médio e técnico, oferecendo cursos em diferentes modalidades. Dentre suas atividades, o Programa Cão-Guia, para formar novos treinadores e instrutores de cães-guia, treinar e fornecer os animais como ferramenta de inclusão para pessoas cegas ou com baixa visão.

O IF Goiano ficou responsável, no Centro-Oeste brasileiro, pela implementação desse Programa e já formou 18 duplas, tem mais três em treinamento e realizará outras cinco em 2026. O trabalho ganhou nova dimensão a partir da doação, pelo Governo dos Estados Unidos, de cães da raça Labrador.

Formado em Zootecnia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, em 2003, e aprovado em concurso público para o IF Goiano, Brunno Moreira Naves, goianiense, 45 anos, assumiu esse trabalho, que dispõe de um canil e toda estrutura para criação, reprodução, treinamento e doação de animais e de formação de duplas.


Brunno Moreira Naves durante palestra (Foto: divulgação)
 
IF Goiano
O IF Goiano herdou a história, as condições técnicas e materiais e pessoal capacitado na área de educação em Urutaí, que teve início com a Fazenda Modelo de Criação (Decreto n° 13.197, de 25.09.1918), que operava como Centro de Criação de Raças Bovinas de elevado padrão zootécnico, e teve êxito até os anos 1930. Na década seguinte entrou em dificuldades financeiras, quando o deputado goiano Benedito Vaz apresentou à Câmara Federal o Projeto nº 1.416/51, que transformou a Fazenda Modelo em escola. A Lei nº 1.923, de 28.07.1953, criou a Escola Agrícola de Urutaí, que somente em 1957 ofereceu o curso de Operário Agrícola. Na época, a EAU era subordinada à Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário, ligada ao Ministério da Agricultura.

O curso de mestre agrícola começou quando a Escola foi transformada em Ginásio Agrícola (Decreto nº 53.558, de 13.02.1964). Em 1973, a Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário passou a coordená-lo (Decreto 72.434, de 09.07.1973), mudança que resultou em alterações na escola de acordo com as novas diretrizes; dentre elas o Decreto nº 83.935, de 04.09.1979, do MEC, quando o Ginásio passou a Escola Agrotécnica Federal de Urutaí e a oferecer o Curso Técnico em Agropecuária.

O Curso Técnico em Processamento de Dados iniciou em 1995, como resultado de uma pesquisa de demanda para novos cursos na instituição, oferecido no período noturno. O primeiro curso de nível superior, Tecnólogo em Irrigação e Drenagem, teve início em 1999; em 2002, a Escola foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica, pelo Decreto Presidencial de 16 de agosto, e em 2008 em IF Goiano.
 
Cão Guia
Lançado em 2011, o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite reafirmou o compromisso do Brasil com as prerrogativas da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da Organização das Nações Unidas, ratificada pelo país com equivalência de emenda constitucional.

O Brasil tem avançado na implementação dos apoios necessários ao pleno e efetivo exercício da capacidade legal por todas e cada uma das pessoas com deficiência. Atualmente, 45 milhões de brasileiros declaram possuir algum tipo de deficiência, segundo o Censo IBGE/2010. A proposta do Viver sem Limite é que o Governo Federal, estados, Distrito Federal e municípios façam com que a Convenção aconteça na vida das pessoas, por meio da articulação de políticas governamentais de acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade.

No Brasil, até recentemente, não havia formação pública para treinadores e instrutores de cães guia e, por isso, a oferta dessa tecnologia assistiva é muito pequena e cara. O Viver sem Limite estabeleceu a implantação de cinco centros tecnológicos de formação de treinadores e instrutores, distribuídos em cada uma das regiões brasileiras. Neles serão formados profissionais aptos ao treinamento dos cães guia e à formação das duplas (pessoa com deficiência visual e cão guia).

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