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em reposta a taxação

Frigoríficos goianos devem paralisar exportação para os Estados Unidos

Sindicato teme prejuízos operacionais | 18.07.25 - 00:11 Frigoríficos goianos devem paralisar exportação para os Estados Unidos Frigoríficos goianos devem paralisar exportação para os Estados Unidos. (Foto: Reprodução)
 
A Redação
 
Goiânia - Reforçando a declaração dada pelo presidente da Associação Brasileira de Carne Bovina (Abiec), Roberto Perosa, o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado de Goiás (Sindicarne) afirmou, nesta quinta-feira (17/7), que os frigoríficos goianos devem começar a paralisar as exportações de carne bovina para os Estados Unidos quanto antes. 
 
Segundo Leandro Stival, presidente do Sindicarne, diante da incerteza sobre a viabilidade de honrar contratos previamente firmados, as conversas giram em torno da suspensão de abates destinados ao mercado americano. Isso porque, além dos prejuízos operacionais, há riscos jurídicos e financeiros.
 
“Tem produto sendo preparado nas plantas industriais, carne a caminho dos portos brasileiros, carga que já foi embarcada e está em trânsito marítimo. Tudo isso pode chegar aos EUA após o início da vigência da tarifa e ser surpreendido com uma taxação de 50%. Isso representa um rombo para a indústria e também para o pecuarista que já negociou esses animais”, explica Leandro Stival.
 
Em nota, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), confirmou que a taxação de 50% imposta pelo governo estadunidense sobre os produtos agropecuários brasileiros deve afetar o agronegócio goiano, bem como todo o cenário nacional.
 
"Em Goiás, olhamos com atenção essa decisão, principalmente no que se refere ao abate de animal. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial de Goiás em relação a exportação de bovinos, ficando atrás apenas da China. O país norte-americano é responsável por aproximadamente 25% da compra dos bovinos que são produzidos em Goiás. De modo geral, o Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo, sendo o estado de Goiás o terceiro maior exportador", traz o documento.
 
A pasta também destacou que a medida impacta diretamente não só aqueles que já exportam para o país, como também os que não o fazem, tendo em vista que gera uma maior oferta para outros mercados, bem como para o mercado interno. Isso influencia diretamente no preço, até que se alcance um equilíbrio. Em Goiás, alguns frigoríficos já iniciaram a paralisação de exportação de carne bovina para os EUA.
 
"O Governo de Goiás tem trabalhado no sentido de ampliar as relações internacionais. A exemplo disso, destaque para a Missão ao Japão que está sendo realizada, além da interlocução junto aos representantes de outros países. Essas medidas visam aumentar as alternativas de exportações, para que essas medidas pontuais não tenham impactos tão expressivos no mercado interno", diz a nota. 


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