A Redação
Goiânia - Com o decreto que oficializa a desapropriação do terreno do Jóquei Clube de Goiás publicado, o prefeito Sandro Mabel disse, nesta segunda-feira (21/7), que pretende acionar a Justiça para assumir a área, localizada na Avenida Anhanguera, no coração da cidade. Isso porque os recursos financeiros necessários para o ato, cerca de R$ 56 milhões, já estão garantidos: serão assegurados pelo Orçamento Anual do município.
Em justificativa para a desapropriação, a Secretaria Municipal de Cultura afirma que o imóvel será destinado a "atividades culturais, educacionais ou de lazer, em benefício da coletividade, preservando simultaneamente a memória e os valores urbanos de Goiânia".
O tom reafirma o compromisso que Mabel havia feito com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO), que destacou em abril passado a importância de que qualquer intervenção no prédio do Jóquei Clube fosse pautada pelo respeito ao valor histórico, arquitetônico e ambiental do conjunto, "de forma a garantir que o edifício não seja apenas revitalizado, mas integrado de maneira qualificada à vida urbana da capital".
Mabel já tinha garantido que o imóvel passaria por estudos técnicos para definir a melhor forma de readequação, respeitando seu valor arquitetônico e cultural eque a iniciativa está em consonância com as diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Goiânia, priorizando a recuperação de estruturas existentes e a racionalização dos recursos públicos.
Agora, a promessa parece se oficializar, já que o decreto assinado nesta sexta-feira (18/7) ainda afirma que a sede histórica do Jóquei tem "valor arquitetônico excepcional, tendo sido projetado por Paulo Mendes da Rocha, um dos maiores expoentes da arquitetura brasileira, com reconhecimento internacional".