A Redação
Goiânia - Preso por conduzir o carro que invadiu o Shopping Flamboyant, no Jardim Goiás, em Goiânia, na noite de segunda-feira (21/7), Gilberto Ribeiro Gonçalves, de 51 anos, foi solto nesta terça-feira (22/7), após passar por audiência de custódia. Por decisão da Justiça, ele responderá o processo em liberdade, mas deve seguir medidas cautelares.
Segundo definiu o juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara das Garantias de Goiânia, para obter liberdade provisória Gilberto não precisou pagar fiança, mas foi submetido a algumas sanções, como a suspensão de sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por, no mínimo, 120 dias — ou até a conclusão de um laudo da Junta Médica do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) sobre o incidente.
Além disso, Gilberto terá que se submeter a tratamento psiquiátrico, com possibilidade de internação compulsória, caso necessário. O comprovante do início do tratamento deverá ser apresentado à Justiça em até 10 dias. Ele também não poderá mudar de endereço sem autorização, deverá comparecer a todos os atos processuais e se abster de cometer qualquer outro crime.
Como a defesa de Gilberto alegou que ele sofre de transtornos mentais, tese que também é levantada no inquérito da Polícia Civil de Goiás (PCGO), o juiz entendeu que há necessidade de acompanhamento médico especializado, mas que a gravidade do caso não justificava, por ora, a manutenção da prisão preventiva.
Surto psicótico
Mais cedo, a família do motorista se pronunciou em nota oficial lamentando “profundamente o fatídico episódio” e afirmando que tudo indica ter sido resultado de um surto psicótico.
Segundo o comunicado, Gilberto tem diagnóstico psiquiátrico desde os 17 anos, com histórico de crises que exigem acompanhamento médico e uso contínuo de medicação. “Apesar da condição, sempre foi uma pessoa pacífica, sem qualquer antecedente criminal ou comportamento agressivo”.
A família também destacou que exames toxicológicos não identificaram a presença de álcool ou drogas no organismo e pediu respeito neste momento delicado. “Gilberto é uma pessoa doente, que precisa de cuidados e acompanhamento, e não representa risco deliberado à sociedade”, afirmou a nota.