Mabel apresenta programa como modelo de modernização do transporte coletivo

 

Presidente da Comissão de Mobilidade Urbana da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), Mabel destacou as ações implantadas em Goiânia que colocam o transporte coletivo como prioridade. “Estamos provando que é possível fazer diferente. Goiânia tem pressa, e por isso estamos entregando uma revolução no transporte coletivo, com prioridade absoluta aos ônibus, vias desobstruídas, sincronização semafórica, nova frota e rede metropolitana integrada. Tudo isso já está acontecendo. A metronização, por exemplo, tem diminuído o tempo de viagem, ampliado a eficiência e melhorado a experiência do passageiro. Isso muda a vida das pessoas”, afirmou.

 

Nova Mobilidade

O programa Nova Mobilidade atua em três eixos principais: nova RMTC, novo trânsito e mobilidade ativa. Entre as ações em andamento, estão a criação de 36 corredores estruturais com faixas preferenciais para ônibus e bicicletas, sincronização de mais de 80 cruzamentos, conversões livres à direita e operação de semáforos em tempo real por meio da Central Integrada de Trânsito e Transporte (CITT). Nos corredores já metronizados, a velocidade dos ônibus subiu para até 23 km/h, com redução de até 80% nas paradas em semáforos.

 

Com a metronização, ônibus que antes paravam em cinco a seis semáforos a cada dez cruzamentos agora completam trajetos inteiros com, no máximo, uma parada. A medida reduz o tempo de viagem, o desgaste da frota e o custo operacional, além de melhorar a pontualidade e a atratividade do transporte coletivo.

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Integração metropolitana

A Nova Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) abrange 21 municípios e 2,5 milhões de habitantes, com 299 linhas operando sob tarifa única por meio do Bilhete Único Metropolitano. O modelo de governança compartilhada reúne o Governo de Goiás, a Prefeitura de Goiânia e os municípios conurbados. A capital é responsável por 41% do subsídio tarifário, o mesmo valor pago pelo Estado. Aparecida de Goiânia contribui com 9% e as demais cidades dividem os 9,6% restantes.

 

“Goiânia tem quase um carro por habitante, e o trânsito impacta diretamente o tempo e a qualidade de vida das pessoas. Com o transporte coletivo modernizado e mais ágil, conseguimos inverter essa lógica e fazer com que o cidadão queira deixar o carro em casa”, ressaltou Mabel.

 

Reconhecimento nacional

O diretor de Regulação da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, Marcos Daniel, elogiou a atuação da capital. “Ver uma cidade como Goiânia transformar o discurso em prática com compromisso, liderança e resultado concreto é inspirador. Isso mostra que não estamos discutindo algo utópico, e sim um modelo que dá certo. É um exemplo de governança metropolitana que precisamos replicar em todo o país”, afirmou.

 

A cidade é a única entre as 14 participantes do projeto-piloto Mobilidade em Foco a operar com abordagem metropolitana já consolidada, e servirá de base para o novo Banco Nacional de Dados do Sistema de Informações de Mobilidade Urbana (Simu). A plataforma será usada para embasar políticas públicas e decisões de investimento com base em evidências claras.