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ENTREVISTA

Daniel Vilela trabalha coesão da base a um ano das convenções

Vice intensificou diálogo com lideranças | 04.08.25 - 07:45 Daniel Vilela trabalha coesão da base a um ano das convenções Vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
Samuel Straioto

Goiânia - O vice-governador Daniel Vilela (MDB) emerge como candidato natural à sucessão de Ronaldo Caiado (União Brasil) no governo de Goiás, em cenário que se desenha a um ano do período das convenções partidárias. Vilela tem ampliado sua presença em diferentes regiões do Estado, trabalhando pela manutenção da coesão na ampla base aliada. O processo sucessório se desenvolve em meio aos preparativos para 2026, quando Caiado deve disputar a Presidência da República, deixando em aberto a vaga no Palácio das Esmeraldas.
 
Com trajetória que inclui passagens pela Câmara Municipal, Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e presidência do MDB goiano, o atual vice-governador busca equilibrar funções institucionais com articulação política. Vilela defende que a experiência acumulada ao longo da carreira política lhe proporciona condições para liderar o processo de unidade da base governista.
 
Movimentações
As articulações políticas para 2026 ganharam intensidade nos últimos meses, com Daniel Vilela participando de agendas em diversos municípios goianos. O vice-governador tem combinado compromissos oficiais da gestão com conversas estratégicas junto a lideranças regionais e partidárias.
 
"A unidade se constrói com diálogo permanente, respeito à trajetória dos aliados e compromisso com um projeto que já mostrou resultados concretos para a população", afirma Vilela em entrevista à reportagem do jornal A Redação. A estratégia busca preservar a ampla coalizão construída nos últimos anos, evitando rachas que possam comprometer a continuidade do projeto político.
 
O protagonismo do vice-governador se intensificou desde o início do segundo mandato de Caiado, em 2023. Cientistas políticos apontam que essa construção política já vinha sendo desenhada desde a formação da chapa para a reeleição de 2022, quando Daniel foi escolhido como vice.
 
Governo
A atual gestão mantém como prioridades centrais as áreas de segurança, educação, saúde, inovação e infraestrutura. Daniel Vilela destaca que o segundo mandato tem focado na consolidação de políticas públicas estruturantes iniciadas no primeiro ciclo administrativo."A marca já está aí, é um Estado equilibrado, eficiente e presente na vida das pessoas, em todas as regiões, acima de tudo com respeito ao dinheiro público", avalia o vice-governador.
 
A reorganização fiscal promovida no primeiro mandato criou as bases financeiras para a expansão de programas sociais e investimentos em infraestrutura. O processo de interiorização de serviços públicos, especialmente na saúde, figura entre as iniciativas priorizadas pela atual administração.
 
Resultados
Entre as entregas que Daniel Vilela considera estratégicas para o legado da gestão estão os avanços na segurança pública, com redução de índices de criminalidade e fortalecimento das forças policiais através do uso de tecnologia e inteligência. Na área da saúde, destaca-se a construção de hospitais regionais para ampliar o acesso no interior.
 
O setor educacional recebeu investimentos em infraestrutura escolar, tecnologia e valorização dos professores, contribuindo para melhorar os indicadores estaduais. A carteira de obras de infraestrutura e os programas sociais complementam o conjunto de políticas implementadas nos últimos anos.
 
"As entregas estratégicas são aquelas que melhoram a vida das pessoas e permanecem como marcas de transformação", define o vice-governador, ao elencar as prioridades que considera fundamentais para o desenvolvimento do estado.
 
Base governista
A principal dificuldade da base governista para 2026 será manter unida a ampla coalizão partidária, definindo composições que contemplem diferentes grupos sem gerar dispersões. A escolha do vice na chapa de Daniel Vilela e de candidatos competitivos ao Senado exige negociações complexas.
 
A base avalia perfis diversos para a vaga de vice-governador, incluindo lideranças legislativas, representantes do agronegócio, gestores experientes e nomes com penetração regional. Cada alternativa apresenta vantagens específicas, mas também desafios de acomodação política.
 
O equilíbrio entre MDB e União Brasil, principais partidos da coalizão, demanda atenção especial para evitar conflitos internos. A missão inclui ainda acomodar ambições políticas de lideranças que podem buscar candidaturas independentes caso se sintam preteridas nas composições majoritárias.
 
Cenário
O quadro político estadual para 2026 se configura com pelo menos quatro polos disputando espaço eleitoral. Daniel Vilela aparece em posição de favorito pela condição de vice-governador e pelo trabalho de articulação desenvolvido, mas enfrentará a concorrência de outros grupos políticos organizados.
 
A oposição, liderada pelo PT da deputada federal Adriana Accorsi, projeta crescimento aproveitando o momento nacional favorável ao governo Lula. O PSDB do ex-governador Marconi Perillo trabalha na reorganização do centro democrático, enquanto o PL mantém indefinições sobre lançar candidatura própria ou compor alianças.
 
"Cada agenda no interior é uma oportunidade de ouvir a população, entender suas demandas e fortalecer a presença do Estado", explica Daniel Vilela sobre suas visitas regionais, destacando que gestão e articulação política devem caminhar juntas quando o foco está no interesse público.
 
Perspectivas
O processo sucessório em Goiás se desenvolve em paralelo às articulações nacionais, especialmente considerando as pretensões presidenciais de Ronaldo Caiado. O papel do atual governador como articulador será fundamental para definir os rumos da base aliada e evitar divisões internas.
 
Daniel Vilela mantém o discurso de foco nas entregas governamentais até o final do mandato, combinando essa postura com a necessária preparação para o cenário eleitoral. "É hora de intensificar as entregas, valorizar quem caminhou junto e manter um ambiente de confiança", resume sua estratégia para os próximos meses.
 
A consolidação da candidatura dependerá da capacidade de manter coesa a ampla base governista e de apresentar um projeto consistente de continuidade administrativa. O vice-governador aposta na experiência política acumulada e no trabalho de articulação para superar os desafios eleitorais de 2026.
 
 
 

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