A Redação
Goiânia - O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, esteve nesta quarta-feira (13/8) na apresentação do Plano de Desenvolvimento da Região Metropolitana e propôs a união dos municípios que compõem a Grande Goiânia para debater medidas e soluções conjuntas para as cidades. O encontro foi realizado na sede da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi).
Durante o discurso, Mabel destacou a importância da criação de um conselho consultivo entre as 20 cidades para traçar estratégias conjuntas que garantam mais benefícios à população. “Como são iniciativas que serão construídas ao longo do tempo, é importante que tenhamos pessoas que possam trabalhar independentemente de quem esteja no governo. Por isso, é essencial que haja um período de transição e maturação, que seja consultivo e não deliberativo inicialmente, para que, futuramente, em até cinco anos, o conselho possa passar a ser deliberativo”, afirmou.
Segundo Mabel, a união desses municípios deverá debater eixos estratégicos como trânsito, saúde, infraestrutura e meio ambiente, sempre respeitando a individualidade de cada cidade. “Precisamos disciplinar esse trabalho entre os municípios para chegar a boas escolhas. A intenção é boa e a necessidade é presente”, pontuou.
Integração da região
O prefeito de Senador Canedo e representante da Associação Goiana dos Municípios (AGM), Fernando Pelozzo, afirmou que a iniciativa de Mabel contribui para a integração da região. “Parabenizo mais uma vez por essa iniciativa. Goiânia agora tem um líder que vai impulsionar melhorias, e isso refletirá positivamente nos municípios da região metropolitana. Planos como esse fortalecem a colaboração entre as cidades, respeitando a autonomia de cada uma”, afirmou.
O senador Vanderlan Cardoso, presente no evento, lembrou que o diálogo entre as prefeituras já resultou no congelamento do preço da tarifa do transporte coletivo. “Na época, cinco municípios não faziam parte da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo. Essa unificação fortaleceu o diálogo entre os prefeitos de Goiânia, das demais cidades e do governador da época. Caso isso não tivesse acontecido, a tarifa teria subido e hoje seria uma das mais caras do país”, destacou.
O secretário-geral de Governo de Goiás, Adriano da Rocha Lima, pontuou os benefícios que a criação de um consórcio metropolitano trouxe aos usuários do transporte coletivo e como esse modelo será referência para o Plano. “A distribuição dos percentuais seguiu critérios definidos no Conselho de Desenvolvimento Metropolitano de Goiânia, criado a partir da lei de participação dos municípios. Cinco cidades se beneficiam diretamente do transporte coletivo — Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira. Os outros 15 municípios tiveram 100% do valor de participação pagos pelo Estado. Isso possibilitou novos ônibus, reforma de plataformas e terminais, entre outros investimentos”, afirmou.