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Educação

Bolsa e Poupança Escola permanecem relevantes, afirma Cristovam Buarque

Professor participou de evento no IHGG | 16.08.25 - 12:36 Bolsa e Poupança Escola permanecem relevantes, afirma Cristovam Buarque Mesa diretora da sessão do IHGG (Foto: Nelson Santos)
Jales Naves
Especial para A Redação

Goiânia - 
Dois programas sociais que lançou e implementou quando Governador do Distrito Federal, em 1995, Bolsa Escola e Popança Escola, para combater o trabalho infantil e oferecer um futuro melhor para as famílias, continuam atuais e necessários ao se buscar melhores resultados na educação. A afirmação é do professor e ex-senador Cristovam Buarque, ao falar no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, na manhã de sexta-feira, dia 15, sobre evasão escolar, defender que a prioridade deve ser a educação de qualidade para todos e explicar que o abandono da escola, antes de conclusão de uma etapa educacional, é problema que afeta o desenvolvimento da educação e o futuro desses jovens.
 
Estudos acadêmicos de avaliação mostram que o Bolsa Escola teve impactos significativos na redução das desigualdades sociais e na transformação da capacidade institucional local. Diversos levantamentos indicam que contribuiu para a redução da pobreza extrema, a diminuição da desigualdade de renda e a melhoria de indicadores sociais como frequência escolar e acesso à saúde. Destaca-se ainda a fiscalização e sua contribuição para o fortalecimento de rotinas administrativas nos municípios, especialmente aqueles com baixa capacidade institucional, promovendo maior equidade territorial na oferta de serviços públicos.
 
O Bolsa Escola foi o primeiro programa de transferência de renda condicionada – a família não recebia se a criança não estivesse na escola –, e foi implantado em outros países com excelentes resultados, como no México, onde colocaram um painel, como se vê em filmes de guerras sofisticados e em bancos e bolsas de valores com aquelas televisões em frente, para saber onde estava cada criança mexicana. Eles sabiam se ela estava na escola ou não.
 
O programa Poupança Escola incentivava o aproveitamento e a permanência do aluno na escola, ao depositar um valor em caderneta de poupança em seu nome, se aprovado ao final de cada ano letivo, só podendo retirar o depósito quando e se terminasse o Ensino Médio.

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Qualidade para todos
Em seu pronunciamento, Cristovam argumentou que o eixo para distribuir a renda é a educação do pobre tão boa quanto a educação do rico. “E aí, pelo talento, a renda se distribui. O eixo para resolver o problema da violência, além de cadeia e punição, é educação, para dar oportunidade a todos, para que ninguém precise cair no crime para sobreviver”, afirmou. Ressaltou o vínculo entre o alto nível educacional e a baixa corrupção e criticou a postura dos que prometem cadeia em vez de prometer escola.
 
Cristovam também sugere transferir para o Governo Federal as escolas das cidades sem condições de garantir salários aos professores. “Os Colégios Militares são elogiados e isso se deve ao fato de que houve uma federalização desse sistema, com melhores condições de trabalho e remuneração aos docentes, e não pela disciplina militar, como muitos dizem”, explicou, acrescentando que em alguns Estados o Governo estadual tem maior presença e reforçado esse sistema.
 
Como afirmou, a escola deve oportunizar ao aluno aprender um ofício, no qual possa desenvolver seu talento, sem se preocupar com o ensino superior, e ser fluente em pelo menos um idioma estrangeiro.
 
Livro
“Jogados ao Mar” tem como ponto de partida o desaparecimento de um aluno e a investigação de seu paradeiro, em busca pelo seu corpo. A obra se desenrola em tramas que se entrelaçam e se desdobram em busca de outros que também foram jogados ao mar, sempre remetendo o leitor ao desencanto do alunato, mas também, em modo contrário, à esperança vinda da abnegação de professores e voluntários que se esmeram no aperfeiçoamento de seu trabalho em prol do progresso humano. No processo investigativo de um repórter, em conflito com o de um delegado, e sob a pressão e manifestação de Véspera, “somos estimulados a discernir sobre o futuro que desejamos para as próximas gerações e o que queremos para nosso país”. Na quebra de paradigmas, conceitos e preconceitos arraigados em todos, o livro encantará, inspirará e alentará os que o lerem, promovendo novas percepções e conhecimentos, aprimorando o saber.
 
Esse novo romance de Cristovam Buarque foi escrito à maneira das histórias de detetive. A narrativa começa na mente de um repórter investigativo de um influente jornal da Capital Federal. O tema das laudas encomendadas ao repórter é de fundamental importância para o destino do país: a evasão escolar. O autor aborda frontalmente assuntos que estão profundamente arraigados às questões que geram os problemas sociais e culturais do país, como a escravidão que se mantém até os dias de hoje numa falsa roupagem. 
 
Dados estatísticos revelam que, apesar de frequentar com regularidade a esfera pública brasileira, o tema da evasão escolar não tem sido visto com a seriedade de seus efeitos na vida de todos os brasileiros, mas são enfrentados pelo personagem chamado Véspera, diretor de uma escola pública, descendente direto de escravizados africanos, que luta como pode contra esse mal. Para o palestrante, a escola deve prioritariamente ensinar, fomentar, disseminar conhecimento sem o quais o país naufragará num mar de ignorância e despreparo.


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