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Lula planta uva no Alvorada e critica tarifas: 'Não adianta o presidente Trump taxar'. (Foto: Reprodução) São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um vídeo nas redes sociais em que planta uvas no Palácio do Alvorada, residência oficial do chefe do Executivo brasileiro. O petista utilizou a gravação, divulgada no fim da noite de sábado (16/8), para enviar uma série de recados ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifa de 50% sobre algumas exportações brasileiras. A uva é um dos produtos atingidos pela medida.
Segundo o presidente, a produção da fruta pode ser redirecionada para a merenda escolar. A gestão petista pretende comprar alimentos que seriam exportados para os EUA, mas perderam competitividade, para utilizá-los em programas sociais. "Não adianta o presidente Trump taxar nossa uva. Se necessário, ela vai para a merenda escolar", disse o petista, ajoelhado no gramado do Alvorada e com as mãos sujas de terra. A variedade escolhida foi a uva Vitória.
Lula declarou esperar que um dia Trump visite o Palácio do Alvorada e conheça o "Brasil verdadeiro", pois os brasileiros gostam de "todo mundo", incluindo os Estados Unidos e países como Rússia, China e Venezuela. "Agora, isso aqui é um exemplo. Estou plantando comida, e não plantando violência e plantando ódio. Eu espero que um dia a gente possa conversar, presidente Trump, para o senhor aprender a qualidade do povo brasileiro", disse o presidente brasileiro.
Tarifaço americano
Lula e Trump tem trocado provocações pela imprensa desde que o americano impôs o tarifaço ao Brasil no mês passado. Na quinta-feira (14/8), Trump disse que o Brasil tem sido um "parceiro comercial terrível" e que promove uma "execução política" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestes a ser julgado pela acusação de ter liderado uma tentativa de golpe após a eleição de 2022.
Ele voltou a declarar que conhece Bolsonaro e que o político brasileiro seria "um homem honesto". Em uma nova rodada de sanções, o governo dos Estados Unidos cancelou na semana passada os vistos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), de sua esposa e da filha de 10 anos do petista. A mesma medida já havia sido aplicada ao secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde Mozart Júlio Tabosa Sales, e de Alberto Kleiman, um ex-funcionário do governo brasileiro.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, chefe da diplomacia do governo Donald Trump, citou o programa "Mais Médicos" como razão para as medidas contra Sales e Kleiman. O programa foi criado no governo de Dilma Rousseff para suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades do Brasil. A pasta da Saúde era chefia por Padilha na época da criação do programa. (Agência Estado)