Adriana Marinelli
Goiânia - Uma ação da Prefeitura de Goiânia voltou a gerar polêmica entre moradores e comerciantes da capital. Depois da instalação de grama sintética na Avenida Castelo Branco, no Setor Coimbra ,medida que já havia provocado revolta entre muitos goianienses, a gestão municipal iniciou a aplicação do mesmo material em canteiros da Região da 44, área central da cidade.

Avenida Castelo Branco (Foto: enviada via WhatsApp)
Na nova intervenção, registrada na segunda-feira (18/8), surgiram relatos de comerciantes de que, além da grama artificial, o canteiro estaria sendo concretado, o que dificultaria uma futura substituição pelo gramado natural. "Falaram que na Castelo Branco seria algo temporário, até começar o período de chuvas para plantar a grama natural. Até aí tudo bem. Mas e aqui na 44? Se estão colocando cimento, vão precisar quebrar tudo depois?", questiona o comerciante Lourival Damaceno, de 62 anos.
O comerciante também levantou dúvidas sobre o impacto da obra no escoamento da chuva, por exemplo. "Como a água vai escoar? Essa água vai para onde? Isso aqui já fica tomado por alagamento nos dias de chuva mais forte, é saco de lixo rodando para todos os lados. Sabemos que esse é problema crônico da nossa cidade e só piora a cada ano. Aí aparece a prefeitura, que deveria buscar soluções para amenizar os problemas, e vem com essa? Não dá para entender."
A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) informou que a instalação da grama sintética integra um “projeto-piloto para melhorar o visual das vias e avaliar alternativas onde a grama natural não se mantém, especialmente no período de seca, quando a vegetação morre rapidamente”.
Segundo a Companhia, o material foi adquirido em gestões anteriores e estava estocado. “Agora, com a destinação correta de retalhos que sobraram depois de aplicações em quadras poliesportivas, se evita o desperdício. A grama sintética é resistente ao sol e ao pisoteio e de baixa manutenção”, explicou a Comurg em nota.
Sobre a denúncia de concretagem na Região da 44, a Companhia negou a informação de lojistas. “Trata-se de pó de brita”, garantiu. A Comurg também afirmou que não há previsão de instalar grama sintética em outros pontos da capital.