A Redação
Goiânia - “Legado de otimismo”. Essa foi a forma como o governador Ronaldo Caiado descreveu os seis anos e meio à frente do Governo de Goiás, nesta quarta-feira (20/8), durante a 26ª Conferência Anual do Banco Santander, realizada em São Paulo. Para uma plateia composta por empresários, o chefe do Executivo goiano narrou como a reorganização da máquina pública e os investimentos em áreas essenciais levaram o Estado ao patamar de referência nacional em várias frentes, atraindo cada vez mais investidores.
O governador mostrou, com exemplos práticos da própria trajetória no Executivo, “o quanto é viável quando um Estado é bem administrado”. Ele falou da superação do cenário de colapso encontrado em 2019, com dívidas bilionárias e folhas de pagamento atrasadas. “O que precisa é ter coragem de fazer. E que o governante tenha credibilidade moral e coragem para assumir posições. Sem isso, dificilmente romperia o processo”, enfatizou.
As renegociações de dívidas e reformas abriram caminho para uma expansão administrativa em Goiás. O próximo passo, lembrou Caiado, foi a segurança pública. Houve investimentos em inteligência e capacitação de profissionais, seguidos de queda nos índices de criminalidade. “Varremos do Estado a condição de ter áreas sob comando de narcotráfico”, pontuou. Como consequência, o estado estabeleceu um ambiente propício à atração de empresas, geração de renda e desenvolvimento.
“A situação vai acalmando e a população vai acreditando no Estado. Neste momento, criei espaço para atacar outras áreas. Tanto é que chegamos hoje ao primeiro lugar no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica]. Somos o segundo lugar na alfabetização na idade certa. Fizemos a regionalização da saúde, com estruturas em cinco regionais do Estado. Criamos programas sociais para emancipar pessoas. Com isso, fomos recuperando a condição de investimento. As pessoas voltaram a acreditar e passaram a migrar para Goiás”, elencou o governador.
Caiado mencionou os resultados da segurança pública goiana como um espelho do que deveria ocorrer em todo o território nacional. “Isso faz com que o empresariado e a sociedade acreditem que você resgatou o Estado Democrático de Direito. O estado tem a mão de comando. Não é um pedaço de território do Estado, e o outro da facção”, pontuou. “Isso é o que desequilibra fortemente o Brasil neste momento”, criticou.
Mediado pela economista-chefe do Santander Brasil, Ana Paula Vescovi, o painel “Governança, Liderança e Desenvolvimento Nacional: Caminhos para o Brasil do Futuro” reuniu, ao lado de Caiado, os governadores Helder Barbalho (Pará), Romeu Zema (Minas Gerais) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul). Outros 24 painéis do evento debateram temas como indústria, investimentos globais no país, cenários para o setor de seguros, infraestrutura, a chegada da COP30, guerra tarifária e perspectivas do setor imobiliário.