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Investigações

MPGO apura suposto desvio de recursos destinados a escolas em Rio Verde

Delegado seria líder de grupo criminoso | 21.08.25 - 11:14 MPGO apura suposto desvio de recursos destinados a escolas em Rio Verde (Foto: MPGO)
A Redação 

Goiânia - 
 Uma operação do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) investiga um suposto esquema criminoso que fraudava contratações e desviava recursos que seriam destinados a obras e reformas de escolas da rede estadual de ensino em Rio Verde. A ação, deflagrada nesta quinta-feira (21/8), cumpriu 17 mandados de busca e apreensão no município do sudoeste goiano e em Goiânia. Além disso, uma pessoa foi presa. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

De acordo com o MPGO, a suposta organização criminosa seria liderada por um delegado da Polícia Civil, sócio proprietário de uma empresa do ramo educacional, e sua esposa. Durante as investigações, foram identificados indícios de que o grupo teria expandido sua atuação para além das reformas em unidades escolares geridas por uma das supostas líderes do grupo, no âmbito da Coordenação Regional de Educação de Rio Verde.

Segundo as investigações, as fraudes teriam se expandido para contratos ligados à impressão de material didático para distribuição nas escolas estaduais e o direcionamento ilícito da contratação do instituto ligado ao grupo para a realização de concurso público pela Câmara Municipal de Rio Verde.

Ainda conforme as investigações, desde de 2020, o esquema teria desviado mais de R$ 2,2 milhões dos cofres públicos por meio de, pelo menos, 40 procedimentos de dispensa de licitação que teriam sido fraudados.

A decisão judicial, expedida pela 2ª Vara das Garantias de Goiânia, também determinou o bloqueio de contas e a apreensão de bens dos investigados para fins de ressarcimento aos cofres públicos. A investigação teve o auxílio da Controladoria-Geral do Estado de Goiás.
 
A operação contou com o apoio da Polícia Civil do Estado de Goiás, além da Controladoria-Geral do Estado de Goiás. A ação é a primeira executada pelo Gaeco Sul, unidade ligada ao Gaeco do MPGO, que conta ainda com braços na capital, na região do Entorno do Distrito Federal e uma unidade especializada em crimes cibernéticos.

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) reiterou que 
não é alvo da investigação e ressaltou que os envolvidos não integram a atual gestão da Secretaria nem das unidades regionais de educação.

A reportagem também entrou em contato com a Polícia Civil, que informou que eventuais dados relativos à participação de servidores da corporação nas investigações já estão sendo encaminhados à Corregedoria da Polícia Civil, para apuração de possíveis transgressões disciplinares, observados o devido processo legal e a ampla defesa.

Nota da Seduc na íntegra 
Em relação à operação Regra Três, conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual em Rio Verde, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás esclarece que:
 
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) não é alvo da investigação. É, na realidade, parte prejudicada. A pasta reitera seu apoio integral às investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e se coloca à disposição para fornecer todas as informações e esclarecimentos que venham a ser solicitados. Ressalta ainda que os envolvidos não integram a atual gestão da Secretaria nem das unidades regionais de educação.
 
A Seduc reforça que não tinha conhecimento prévio dos fatos investigados, que tramitam sob segredo de justiça, conforme manifestação oficial do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). 
 
Assim que tiver acesso oficial aos documentos, a Seduc instaurará processo de apuração interna para verificar as situações apontadas na investigação do MPGO.
 
Secretaria de Estado da Educação – Governo de Goiás

Nota da Polícia Civil na íntegra
A Polícia Civil de Goiás informa que prestou apoio operacional ao Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado da região Sul (Gaeco Sul), na deflagração da Operação Regra Três, realizada nesta quinta-feira (21/8), nos municípios de Rio Verde e Goiânia.
 
A instituição reitera seu compromisso com a legalidade e a transparência e destaca que eventuais dados relativos à participação de servidores da corporação nas investigações já estão sendo encaminhados à Corregedoria da Polícia Civil, para apuração de possíveis transgressões disciplinares, observados o devido processo legal e a ampla defesa.
 
A Polícia Civil reafirma que não compactua com condutas ilícitas e segue colaborando com os órgãos de controle e fiscalização para o pleno esclarecimento dos fatos.
 
Goiânia, 21 de agosto de 2025.
Gerência de Comunicação da Polícia Civil de Goiás/PCGO
 
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