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Raízes do Saber

Projeto Maria da Penha nas Escolas encerra Agosto Lilás em Goiânia

Ação tem parceria do TJGO | 27.08.25 - 23:04 Projeto Maria da Penha nas Escolas encerra Agosto Lilás em Goiânia Projeto Maria da Penha nas Escolas encerra Agosto Lilás em Goiânia. (Foto: Divulgação)
 
A Redação

Goiânia
- Na próxima sexta-feira (29/8), Goiânia será palco do encerramento das atividades do Agosto Lilás com uma ação simbólica e transformadora do projeto Maria da Penha nas Escolas, realizado pela Skambau Produções. A atividade atua em parceria com o projeto Raízes do Saber e conta com a parceria fundamental do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), responsável pela impressão dos exemplares que serão distribuídos gratuitamente.
 
A ação reforça o compromisso conjunto de educar, prevenir e conscientizar sobre a violência de gênero, mobilizando estudantes, famílias e a sociedade em torno da urgência de transformar essa realidade.
 
Com mais de 40 mil exemplares distribuídos gratuitamente em Goiás, Distrito Federal, Bahia, São Paulo e outros estados, o projeto vem consolidando-se como uma referência nacional em educação para a igualdade de gênero. Por meio de quadrinhos didáticos e atividades pedagógicas, a iniciativa aproxima a Lei Maria da Penha do cotidiano escolar e universitário, incentivando novas gerações a reconhecer e enfrentar todas as formas de violência contra meninas e mulheres.
 
O simbolismo do encerramento marca o fim do mês de mobilização nacional pelo enfrentamento à violência contra a mulher, o Agosto Lilás, e reafirma que a educação é um caminho essencial para quebrar ciclos de opressão.
 
Contexto alarmante
Segundo o Atlas da Violência (2025), os homicídios contra mulheres cresceram 2,5% entre 2022 e 2023, chegando a uma média nacional de 3,5 homicídios por 100 mil mulheres. Os registros de violência doméstica também aumentaram: foram 177.086 atendimentos em 2023, alta de 22,7% em relação ao ano anterior, segundo dados do Ministério da Saúde. 
 
A pesquisa aponta que uma a cada quatro vítimas tinha até 14 anos. Esses números evidenciam a urgência de iniciativas que unam sociedade civil, instituições públicas e comunidade escolar na prevenção da violência.
 
Para Manoela Barbosa, historiadora, doutora em Ciências Ambientais e fundadora da Skambau Produções e do projeto Maria da Penha nas Escolas, o impacto está no poder transformador da educação: “Nosso compromisso é conscientizar desde cedo. Queremos que meninas conheçam seus direitos e que meninos aprendam que violência não se tolera. É pela educação que podemos quebrar ciclos e mudar realidades.”
 
Segundo ela, inúmeras crianças e adolescentes já relataram casos de violência após participarem das atividades, o que reforça o papel do projeto como porta de entrada para redes de acolhimento e proteção.
 
Para Valéria Pelá, advogada e presidenta do Centro Popular da Mulher em Goiás, a iniciativa é fundamental na conscientização coletiva: “O enfrentamento à violência contra mulheres precisa ser coletivo. 
 
Projetos como esse aproximam conhecimento e prevenção do cotidiano escolar, ajudando a formar uma sociedade mais justa e segura.”
 
A Coordenadoria da Mulher em situação de violência doméstica e familiar do Tribunal de Justiça de Goiás, parceira estratégica desta edição com as impressões dos livros em quadrinhos, destaca a relevância de apoiar projetos que unem cidadania e educação: “Para o TJ-GO, investir em educação é investir em justiça. A impressão dos exemplares do projeto Maria da Penha nas Escolas simboliza nosso compromisso com a prevenção da violência e com a formação de uma sociedade mais igualitária e livre de opressão”, afirma Lucelma Messias.  
 
Sobre o projeto
O Maria da Penha nas Escolas nasceu em 2016, em Morrinhos (GO), a partir da demanda de professores e estudantes que buscavam materiais pedagógicos para abordar a violência doméstica. Desde então, cresceu e alcançou milhares de jovens com o livro em quadrinhos criado por Manoela Barbosa em parceria com a ilustradora Zaia Ângelo, com apoio e reconhecimento de Maria da Penha, vítima de feminicídio e que dá o nome popular à Lei 11.340 de 2006, e do Instituto Maria da Penha, criado por ela, em Fortaleza, Ceará, com trajetória há mais de 20 anos em defesa dos direitos das mulheres no Brasil e no mundo. De forma lúdica e pedagógica, a obra apresenta a trajetória de Maria da Penha e promove reflexões sobre igualdade de gênero, os diferentes tipos de violência e os direitos garantidos em lei.

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