A Redação
Goiânia - A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) iniciou nesta semana a instalação de um novo sistema de monitoramento geotécnico no Aterro Sanitário da capital. A medida busca garantir a estabilidade do local, prevenir possíveis anomalias e acompanhar o comportamento do maciço de resíduos.
O processo inclui a instalação de marcos superficiais, a execução de piezômetros (dispositivo que mede a pressão de fluidos) e a análise da estabilidade do maciço. O novo sistema visa avaliar a redução volumétrica causada pela decomposição da matéria orgânica, a eliminação da água e a acomodação física dos resíduos.
Nesta etapa inicial, serão instalados 50 marcos superficiais e quatro piezômetros. O trabalho envolve a realização de topografia, análises geotécnicas e a elaboração de laudos e relatórios ambientais técnicos. O sistema também permite identificar eventuais anomalias, como recalques diferenciais e movimentações do maciço.
Monitoramento
Os marcos superficiais, feitos com base de concreto e pino metálico, são utilizados para medições topográficas. A partir das leituras de coordenadas e cotas, é possível calcular deslocamentos horizontais e verticais, além de suas respectivas velocidades. Essa avaliação possibilita a definição de ações preventivas quando necessárias.
Já os piezômetros são equipamentos que medem a pressão do chorume — o líquido gerado pela decomposição do lixo. Instalados em perfurações que atingem a camada de resíduos, os instrumentos são compostos por tubos de PVC.
O espaço ao redor dos tubos é preenchido com pedrisco, areia e bentonita, materiais que protegem a estrutura. O piezômetro também permite a leitura dos gases gerados no local.
Comurg implanta sistema de monitoramento geotécnico no Aterro Sanitário (foto: Rodrigo Moraes)
