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Remuneração inicial é de R$ 5.789,37 | 08.09.25 - 11:04
Policiais legislativos com Bruno Peixoto (Foto: divulgação)A Redação
Goiânia – O concurso público na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para o ano de 2025 já foi anunciado, com oferta de 101 vagas para diferentes cargos, sendo que destes o maior número de oportunidades, 40 no total, será destinado para o cargo de policial legislativo. A última seleção pública para ingresso nessa carreira ocorreu em 2018, tendo sido esse o primeiro certame realizado para policial legislativo da Alego, que recebeu 24.754 candidatos inscritos.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi selecionada como banca organizadora do concurso e, agora, o edital, com todas as informações necessárias para inscrição e participação no concurso, será lançado ainda no mês de setembro. Enquanto isso, os candidatos devem aproveitar o tempo para se prepararem para as provas objetivas, discursivas e físicas, entendendo que só é possível conhecer o grau de exigência de um concurso na hora da prova e nunca é bom ser pego de surpresa.
O presidente do Parlamento goiano, deputado Bruno Peixoto (UB), destacou que essa iniciativa representa um marco importante para a modernização e a eficiência do Poder Legislativo, além de reafirmar o compromisso com a transparência e a promoção de oportunidades na gestão pública.
O presidente também ressaltou que a realização desse concurso busca elevar o nível de eficiência e qualidade dos serviços prestados à população de Goiás. Ele adiantou que todo o processo seletivo será amplamente divulgado, garantindo que todos os interessados tenham condições adequadas de preparação.
Diretora de Gestão de Pessoas da Casa, Sulema de Oliveira Barcelos lembra que, no último concurso, o cargo teve notas altas na prova objetiva (cuja nota máxima era de 50 pontos) e discursiva (até 30 pontos), resultando em um aproveitamento de mais de 90% de todos os aprovados – os da ampla concorrência fizeram entre 75,35 e 79,00 dos 80,00 pontos possíveis, e os dois candidatos aprovados como PcD, uma pontuação de 72,65 e 74,39.
Quanto ao salário previsto para o referido cargo, a remuneração inicial é de R$ 5.789,37 para jornada diária de seis horas. Esse valor, porém, pode dobrar devido ao reajuste do salário-base pela inflação nos últimos anos, gratificação por pós-graduação, mestrado ou doutorado e R$ 1 mil de auxílio-alimentação.
Como se preparar
O policial legislativo Gabriel Ferreira Weidlich, 28 anos, aprovado no último concurso, em entrevista à reportagem da Agência Assembleia de Notícias, fez um relato completo de como foi se preparar para o primeiro concurso dessa carreira a qual ele hoje tem orgulho de integrar. Ele foi aprovado em 11º lugar no certame de 2018.
Weidlich conta que assim que concluiu o curso de Direito pela UniAnhanguera se deparou com o edital da Alego. "Acredito que o interessado em ser aprovado não necessariamente tenha que fazer algum tipo de cursinho, hoje em dia se o candidato tiver foco e souber acessar os principais sites na internet, que tem material para concurso, pode abrir um leque de possibilidades de cursos on-line. Isso faz a pessoa ganhar tempo e economizar dinheiro", diz o policial legislativo.
Gabriel Weidlich coloca que é importante planejar o estudo antecipado com as matérias recorrentes em concursos, tais como: português, raciocínio lógico e matemático, geo-história de Goiás, direito administrativo, direito constitucional. Ele também recomenda um olhar atencioso sobre as legislações específicas da Alego, como a Resolução nº 1.007 (Estrutura Administrativa), Resolução nº 1.073 (Regulamento Administrativo) e Resolução nº 1.218 (Regimento Interno)”. Segundo ele, depois da proclamação do edital, o candidato deve atualizar esse planejamento de estudo.
A rotina de trabalho
Ao discorrer sobre sua rotina de trabalho, Gabriel Weidlich explica que imaginava uma rotina de segurança orgânica com autoridades, alternados em dias tranquilos e outros nem tanto, mas se surpreendeu como o ambiente político pode transformar o papel do policial legislativo na Casa, fazendo com que a administração precise sempre se readaptar.
Weidlich afirma que, na visão dele, a idade e o gênero não devem ser vistos como empecilhos para os candidatos ao cargo de policial legislativo. Para ele, se o candidato é aprovado em todos os testes exigidos, ele está apto a desenvolver todas as atribuições que são exigidas pelo cargo, independentemente.
Sem autorização para uso de arma de fogo, usando somente dispositivo incapacitante, mais conhecido como "taser", o entrevistado acredita que, em breve, a atual legislação pode sofrer alguma alteração que autorize o porte de arma para os integrantes da Polícia Legislativa, no entendimento do papel que eles têm de garantir o equilíbrio entre a segurança e liberdade.
Já há três anos desempenhando essa função, ele se diz feliz com a carreira e menciona que lidar com o público enfrentando uma rotina bastante variável é motivo de muita satisfação.