A Redação
Goiânia - A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) lançou o primeiro Selo Sociobiodiversidade nesta quinta-feira (11/9), durante evento que celebra o Dia do Cerrado, em Goiânia. O emblema tem como objetivo valorizar os alimentos, artesanatos e produtos de bem-estar do Cerrado goiano, promovendo desenvolvimento sustentável e inclusão social.
O gerente de economia verde e circular da Semad, Ramon Trajano, afirma que, embora Goiás seja um estado rico em biodiversidade e cultura, muitos produtos que utilizam matéria prima do Cerrado ainda não recebem o reconhecimento que merecem. “A falta de visibilidade limita oportunidades de mercado. É hora de mudar isso”, afirma Trajano.
A ideia é que o selo impulsione a geração de renda, valorize boas práticas de produção e dê visibilidade a alimentos, artesanatos e produtos de bem-estar que realmente preservam o meio ambiente e comunidades locais. Por isso, o selo é apresentado em três versões, cada uma representando um segmento da sociobiodiversidade de Goiás.
São eles:
Alimentos: Dedicado à frutos, castanhas, polpas, óleos, farinhas, temperos, bebidas e mel. Podem ser in natura, minimamente processados ou beneficiados, sempre mantendo relação com a biodiversidade do Cerrado.
Artesanato: Dedicado à itens naturais com identidade cultural produzidos a partir de matérias-primas vegetais do Cerrado, incluindo reaproveitamento de resíduos e vinculados a povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares.
Bem estar: Dedicado à produtos medicinais, terapêuticos, cosméticos, aromáticos ou de higiene pessoal, elaborados a partir de espécies nativas do Cerrado, respeitando saberes tradicionais e legislação vigente.
Na visão de Trajano, a criação do selo representa à sociedade acesso a produtos que respeitam o meio ambiente e a cultura local. Aos produtores, representa valorização, incentivo à inovação e acesso a novos mercados, fortalecendo a economia local e a sustentabilidade.