A Redação
Goiânia - A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) alerta sobre a necessidade de ampliar a cobertura vacinal contra febre amarela na capital. A orientação é para checagem da situação vacinal e aplicação de dose única da vacina. A cobertura vacinal contra a doença na capital é de 66,3%. Segundo a SMS, a vacina contra febre amarela está disponível em 61 salas de vacina da capital e a lista completa com as unidades de saúde e horários de funcionamento está disponível no link.
“A imunização contra febre amarela é realizada em esquema com duas doses: uma dose aos nove meses e um reforço aos quatro anos de idade”, explica o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer. “Dos cinco aos 59 anos a imunização é realizada em esquema de dose única. Nossa recomendação é que todas as pessoas que não têm certeza se receberam a vacina, que perderam sua caderneta de vacinação, que têm esse campo preenchido de forma incompleta ou ilegível, busque as unidades básicas de saúde para avaliação”, orienta.
“Os pais, mães e responsáveis precisam imunizar as crianças na faixa etária indicada para a aplicação das doses. A febre amarela é uma doença de evolução abrupta e alta letalidade em suas formas mais graves, podendo causar hemorragias, icterícia e insuficiência hepática e renal”, diz o superintendente de Vigilância em Saúde, Flávio Toledo.
Caso confirmado em macaco
O alerta da SMS ocorre após o primeiro caso confirmado de morte de macaco por febre amarela em Goiânia. De acordo com a SMS, o primata foi encontrado nesta terça-feira (9/9), no Residencial Forteville, na Região Sudoeste da capital.
“Nossa diretoria de Vigilância em Zoonoses recolheu o animal e realizou necropsia e coleta de material para testagem de raiva e febre amarela. Com a confirmação do caso, iniciamos o monitoramento de primatas da área e o recolhimento de mosquitos para investigação entomológica”, afirma o biólogo e gerente de controle de animais sinantrópicos da SMS, Daniel Graziani.
“O vírus da febre amarela tem circulação ampliada em certos ciclos de tempo, reaparecendo em média a cada oito anos. O último caso de febre amarela em humanos em Goiás foi registrado em 2017, então o reaparecimento do vírus agora acende o alerta para que possamos agir e evitar surtos da doença”, finaliza o gerente.