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Goiânia - As mulheres consolidaram sua presença dentro das cooperativas em Goiás, alcançando a maioria no quadro de colaboradores. Dados do Panorama do Cooperativismo Goiano 2025 revelam que elas representaram 51,8% dos postos de trabalho em 2024, o que equivale a 9.616 colaboradoras.
O levantamento mostra que o protagonismo feminino está consolidado nas cooperativas que atuam em setores como crédito, saúde e consumo, onde há maior equilíbrio ou predominância da mão de obra feminina. Em ramos tradicionalmente mais masculinos, como transporte e agropecuário, a participação é menor, mas também registra avanço.
O presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, destaca que a crescente participação da mulher no mercado de trabalho é uma tendência que pode ser claramente observada no cooperativismo. Mas defende que é preciso ir além. "Temos incentivado as mulheres a também participarem do quadro de associados das cooperativas, inclusive ocupando posições de comando”, afirma.
Postos estratégicos
Renata Borges e Oliveira, gerente de Gestão de Pessoas da Uniodonto Goiânia, conta que a presença feminina na cooperativa é expressiva. "Nosso time é formado por 86 colaboradores, dos quais 66 são mulheres. Entre as 16 posições de liderança, 13 são ocupadas por elas. Na linha da diretoria, das quatro posições executivas existentes, duas são ocupadas por mulheres, o que reforça a representatividade feminina também nos mais altos cargos da cooperativa", diz.
Esse cenário, segundo Renata Borges, evidencia o avanço contínuo da participação feminina não apenas em funções administrativas, mas também em cargos estratégicos e de liderança. "Essa evolução reforça o compromisso da nossa cooperativa em valorizar e reconhecer o potencial de nossa equipe", enfatiza.
Cooperadas
No universo dos cooperados em Goiás, que compõem a base social das cooperativas, as mulheres também ampliaram sua participação, embora em ritmo mais lento. Em 2024, elas representavam 28,6% do total e, em 2025, chegaram a 29,2%.
Os homens seguem sendo maioria entre os associados. Mas a ampliação da presença feminina reforça a relevância do cooperativismo como alternativa de organização econômica para mulheres que buscam autonomia financeira, empreendedorismo coletivo e integração comunitária.
O cenário indica que, nos próximos anos, o cooperativismo goiano deverá seguir ampliando a participação feminina, especialmente se forem intensificadas políticas de incentivo, programas de capacitação e estratégias de atração de novas cooperadas.
Segundo Luís Alberto, a OCB nacional e o Sistema OCB/GO têm proposto iniciativas, como o Comitê de Mulheres Elas pelo Coop, que buscam a construção coletiva de projetos e propostas que contribuam para um cooperativismo mais diverso e democrático. A missão do comitê é ampliar a participação de mulheres no cooperativismo, especialmente em cargos de liderança.