São Paulo - A presidente nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Paula Coradi, foi alvo de sanção por parte dos Estados Unidos e teve seu visto de entrada no país revogado. A decisão foi comunicada nesta sexta-feira (26/9), pelo consulado norte-americano.
A medida veio após um comunicado enviado nesta semana, informando que haviam sido obtidas informações que a tornariam inelegível para entrada no país.
O caso foi exposto pela coluna de Mônica Bérgamo da Folha de S.Paulo. A revogação foi fundamentada na Seção 221(i) da Lei de Imigração e Nacionalidade dos EUA, que permite ao consulado cancelar um visto mesmo após sua emissão.
Paula Coradi foi notificada e teve três dias úteis para apresentar explicações. Apesar de ter enviado uma resposta na quinta-feira, o consulado confirmou o cancelamento do visto nesta sexta.
Nas redes sociais, membros do PSOL e a própria Paula Coradi manifestaram indignação com a medida. “Não vejo isso como um ataque pessoal, mas sim como um ataque ao PSOL por nossa atuação em defesa da soberania do Brasil. É uma arbitrariedade do governo do presidente Donald Trump”, escreveu Coradi.
O visto anterior de Paula foi emitido em 2018. Ela reiterou, assim como já havia informado ao consulado, que não possui antecedentes criminais, não tem envolvimento em atividades ilícitas e sempre prestou informações verdadeiras em seus pedidos de visto. “Se pensam que vão nos intimidar com essas medidas tacanhas, esses fascistas estão muito enganados”, declarou a presidenta.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) manifestou apoio à presidenta do partido. Em publicação na rede X (antigo Twitter), o parlamentar escreveu: “Os EUA terem cassado o visto da nossa presidenta Paula Coradi só mostra que estamos do lado certo do lado dos interesses dos brasileiros frente aos ataques de Trump”.
E concluiu reiterando que o partido, junto ao Brasil, não aceita intimidação. “O PSOL não aceita intimidação. O Brasil não aceita intimidação”.
Em nota, o PSOL destacou que “expressa seu veemente repúdio a esta ação, que considera uma medida política de perseguição e intimidação. O partido se solidariza com sua presidenta e reafirma seu compromisso com a defesa da democracia, da soberania nacional e da luta contra as políticas arbitrárias de governos estrangeiros”. (Agência Estado)
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