A Redação
Goiânia - Apontado como suposto assassino em série em Rio Verde, Rildo dos Santos, de 33 anos, é investigado por três feminicídios e três estupros, sendo dois dos crimes sexuais acompanhados de tentativa de assassinato. Ele também é suspeito de diversos crimes patrimoniais.
O homem está preso desde 12 de setembro, quando retornou à cena de um dos crimes que resultou na morte de Elisângela Silva de Souza, de 26 anos. A jovem, abordada a caminho do trabalho, foi encontrada morta em um terreno baldio, sem a parte de baixo da roupa. Segundo as investigações, a vítima também sofreu violência sexual.
De acordo com a Polícia Civil, há indícios de que Rildo possa estar envolvido no desaparecimento de outras duas mulheres. Os casos estão sendo apurados pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e o Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri).
Mulher em situação de rua
Segundo a Polícia Civil, Rildo confessou que estuprou e matou Monara Pires Gouveia de Moraes, de 31 anos. A vítima vivia em situação de rua. O crime foi registrado em 7 de julho. No mesmo dia, o corpo dela foi encontrado parcialmente carbonizado em um lote baldio.
De acordo com o delegado Adelson Candeo, o suspeito violentou sexualmente Monara, depois a golpeou. A vítima tentou fugir, mas Rildo teria jogado uma cama-box sobre ela, ateado fogo e subido em cima do móvel para impedir que a mulher conseguisse escapar.
Ainda conforme o delegado, mesmo após o suspeito sair de cima da cama, Monara conseguiu se mover, mas não resistiu aos ferimentos.
Perfil do suspeito
Conforme a Polícia Civil, Rildo agia com extrema violência e usava um uniforme de limpeza urbana como disfarce. O recurso facilitava a aproximação das vítimas, a circulação pelas ruas de madrugada e evitava uma eventual abordagem policial.
“É um indivíduo que já tem ficha criminal em outro Estado. Inclusive, estamos filtrando todas as denúncias que recebemos da Bahia, de possíveis crimes de estupro e homicídio”, afirmou o delegado, acrescentando que o suspeito tinha uma espécie de assinatura criminosa, repetindo um padrão semelhante nos crimes.