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Política

Goiás lidera ranking de transparência em obras públicas, aponta estudo

Estado aparece em 2º em índice de governança | 30.09.25 - 09:32 Goiás lidera ranking de transparência em obras públicas, aponta estudo Obra realizada em goiás (foto: secom)
Ludymila Siqueira

Goiânia -  
Goiás conquistou a maior nota em transparência na execução de obras públicas em 2025, segundo a nova rodada do Índice de Transparência e Governança Pública (ITGP), divulgada nesta terça-feira (30/9). O estado registrou 95 pontos. A média nacional do levantamento foi de 63 pontos. Bahia e Tocantins tiveram o desempenho mais baixo, com apenas 23 pontos cada, empatando na última colocação.

Apenas Goiás e Ceará apresentam transparência de obras públicas, com plataformas de informações completas sobre as execuções física e financeira desses projetos em 2025. O estudo também mostra que apenas três unidades da federação prestam contas integralmente sobre emendas: Acre, Minas Gerais e o Distrito Federal.

O levantamento, produzido pela Transparência Internacional – Brasil, avaliou os 26 governos estaduais e a gestão do Distrito Federal, revelando o que a organização classifica como "falhas graves" no quesito transparência. Segundo a ONG, os gargalos identificados “se tornam ainda mais relevantes diante das recentes tentativas no Congresso Nacional de dificultar investigações contra parlamentares, inclusive sobre desvios de recursos de emendas”.
 
Os pesquisadores adotaram 106 critérios de transparência e atribuíram notas entre zero e 100 aos estados avaliados. Os entes federativos foram classificados em cinco faixas a partir dos valores que foram atribuídos. As categorias são “ótimo” (80-100 pontos), “bom” (60-79,9), “regular” (40-59,9), “ruim” (20-39,9) e “péssimo” (0-19,9). Dentro disso, o Estado de Goiás aparece em 2º no ranking de melhor índice de transparência e governança pública 2025.

A média nacional no índice de 2025 foi de 68,8 pontos, estando na categoria “bom”. Os estados melhores colocados são Espírito Santo (95), Goiás (93), Minas Gerais (89), Ceará (89), Distrito Federal (85) e Alagoas (81) — todos classificados como “ótimo”. São Paulo aparece na décima posição com 76 pontos e o Rio de Janeiro ocupa o décimo sétimo lugar no ranking, com 64 pontos, ambos na categoria “bom”.
 
 

Índice nos estados — Foto: Reprodução/Transparência Internacional
 
Já os piores colocados são Amapá (47), Roraima (48), Acre (50), Piauí (51) e Sergipe (51), todos classificados como “regular”. Neste ano, nenhum estado esteve nas categorias “ruim” ou “péssimo”.

Avaliação por categoria
Além da avaliação geral, os dados da Transparência Internacional mostram a avaliação dos estados em oito dimensões:
 
Plataformas
Melhor média nacional, com 89 pontos;
Destacaram-se os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Ceará, Distrito Federal e Amazonas, que alcançaram a pontuação máxima na dimensão (100 pontos);
Os piores resultados foram Maranhão (76), Pará (76) e Acre (74).

Transformação Digital e Comunicação
Média de 83 pontos, com três estados com pontuação máxima (Ceará, Goiás e Rio Grande do Sul);
Com os piores desempenhos na dimensão, Sergipe e Roraima obtiveram, respectivamente, 50 e 42 pontos.
Dados
 
Média nacional de 70 pontos e quatro estados com pontuação máxima (Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais e Alagoas);
Destaque negativo para Sergipe, que recebeu apenas 14 pontos nesta dimensão.

Administração e Governança
Média de 67 pontos, com melhor desempenho do Espírito Santo (96 pontos) e pior desempenho para a Bahia (25 pontos);
Legal
 
Média nacional de 67 pontos.
Três estados conseguiram a pontuação máxima (Goiás, Ceará e Minas Gerais);
Como destaque negativo, o Amapá alcançou apenas 10 pontos na dimensão.
 
Transparência Financeira e Orçamentária
Média de 66 pontos;
O melhor desempenho na dimensão foi alcançado pelo Espírito Santo (96) e o pior por Roraima (32).

Obras Públicas
Média de 63 pontos;
O estado de Goiás atingiu a maior nota (95),enquanto Bahia e Tocantins empataram com o pior desempenho, com apenas 23 pontos.

Participação 
Dimensão com a pior média nacional, de apenas 52 pontos;
Destacaram-se positivamente o Espírito Santo e São Paulo, que alcançaram 95 pontos nessa dimensão;
Como destaques negativos, Rio de Janeiro, Amapá e Bahia, atingiram apenas 15 pontos cada.

Avanços desde 2022
Em que pese tenham sido detectados problemas na transparência, houve indicativos de melhora em relação à primeira versão do levantamento, realizado em 2022, quando foram analisados 84 critérios. O número maior de frentes de avaliação em 2025 torna a comparação entre os dois estudos parcial. Dos 106 critérios existentes na atual edição, 47 são os mesmos verificados três anos atrás. Destes, 30 apresentaram resultados superiores. O número de Estados que fornecem dados sobre incentivos fiscais concedidos a grupos econômicos, por exemplo, saltou de 10 para 22.

As novidades incluem a verificação da regulamentação feita por Estados sobre inovações legais em âmbito federal. É o caso de um novo dispositivo da Lei de Licitações que prevê que em obras de mais de R$ 200 milhões, consideradas de grande vulto, o governo exija da executante programas internos de integridade.

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