Nesta manhã, Celso Sabino anunciou que vai permanecer no cargo, mesmo com a determinação do seu partido, o União Brasil, para que deixe o governo federal. "Fico. Tenho a confiança do presidente Lula, e pretendo continuar os trabalhos que venho desenvolvendo no Ministério do Turismo, com apoio de boa parte da bancada”, disse.
Caiado questionou a permanência de Sabino, uma vez que a sigla é oposição ao governo. “Como ele quer ficar no governo, num partido que faz oposição, e manter as regalias do partido? Ele não pode fazer do seu projeto pessoal algo acima das regras partidárias. A executiva do partido já deliberou sobre o assunto. Não dá para ser soldado de Lula e do União Brasil”, afirmou o governador.
Como mostrou o jornal A Redação, a executiva da legenda analisa dois processos disciplinares. Um de intervenção no diretório do Pará, comandado por Sabino, e outro que pode resultar no afastamento do ministro das atividades partidárias e até na sua expulsão da legenda.
Rompimento com Lula
O União Brasil anunciou uma federação com o PP. Dessa forma, os partidos passarão a funcionar como um só partido pelos próximos quatro anos. O objetivo da aliança é o lançamento de um candidato de direita em 2026, para concorrer contra Lula. Nesse sentido, a exigência de rompimento com o governo foi anunciada como o primeiro passo para a disputa contra o petista.
Mas ambas as legendas ainda possuem alas governistas. A expectativa dos ministros é arregimentar os aliados mais próximos nas suas bancadas, visando reverter a decisão das suas respectivas executivas nacionais. Mas o cenário é difícil.
O presidente do União Brasil, o advogado Antônio de Rueda, tinha dado até 19 de setembro para Sabino abandonar o Ministério do Turismo, sob pena de punição por infidelidade partidária.
Nesta quarta, Sabino discordou do rompimento. “O caminho que o partido adotou não é o certo, é uma decisão açodada. Não resta dúvida que esse [Lula] é o melhor projeto. Eu fico até ano que vem porque pretendo ser candidato ao Senado”.