Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 14º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Morte de radialista

Maurício Sampaio é preso suspeito de ser mandante da morte de Valério Luiz

Empresário deve depor segunda feira (4/2) | 02.02.13 - 16:20
Marina Morena
Atualizado às 18h50

Goiânia - O empresário e ex-diretor do Atlético-GO, Maurício Borges Sampaio, foi preso temporariamente na tarde deste sábado (2/2), na residência dele, no Setor Oeste, suspeito de ser o mandante do assassinato do radialista Valério Luiz, morto a tiros no dia 5 de julho de 2012. A prisão de Maurício Sampaio se dá um dia depois da polícia prender três homens - dois deles policiais militares - acusados de serem os executores do crime (leia aqui).

Autor confesso dos disparos, Marcos Vinícius, conhecido como Marquinhos, disse em depoimento que Maurício Sampaio encomendou o crime, tratando diretamente com um funcionário, Urbano Carvalho de Malta, também preso na sexta-feira. Segundo a delegada titular da DIH, Adriana Ribeiro Barros, Marquinhos relatou, no depoimento, que Urbano o contratou alegando que Valério teria um relacionamento amoroso com a esposa de Maurício. Por não saber que as brigas entre Valério e Maurício eram, na verdade, motivadas por opiniões divergentes sobre futebol, Marquinhos teria matado Valério acreditando na história contada por Urbano.

O mandado de prisão temporária foi expedido pela juíza Denise Gondin de Mendonça, abrangendo um prazo de 30 dias. Como tem curso superior, Maurício Sampaio está recluso em uma cela especial na Delegacia de Investigação de Homicícios (DIH) e deve ser ouvido na segunda-feira (4/2). O empresário foi preso por volta das 13 horas pela delegada Adriana Ribeiro, que estava acompanhada de duas equipes da Polícia Civil. Segundo a delegada, Maurício ficou surpreso com a prisão e negou qualquer relação com o homicídio. "Estamos praticamente na reta final das investigações", afirmou Adriana, neste sábado.

De acordo com o delegado Hellyton Carvalho, também da DIH, a arma apreendida na sexta-feira com os acusados pode não ter sido a usada na morte de Valério Luiz. Ele acredita que a pistola utilizada no crime seja de difícil localização.

Também presente na DIH, a mulher de Valério Luiz, Lorena Oliveira, afirmou que sente que a Justiça "está começando a ser feita. Mas isso não recupera a perda que tivemos". Quem também estava na delegacia era o filho da vítima, Valério Luiz de Oliveira Filho. O advogado, de 24 anos, vestia uma camiseta com a foto do pai e declarou que está com esperança que o inquérito se encerre logo. "Espero que agora o caso chegue à justiça", disse.

No final da tarde, o secretário de Segurança Pública e Justiça de Goiás, Joaquim Mesquita, foi à DIH. Em entrevista coletiva à imprensa, o secretário disse que as investigações sobre o caso vão continuar e que todas as medidas estão sendo tomadas para que o caso vá para a justiça. "Não nos importa o grau de influência dos investigados, se é poderoso ou não. A polícia de Goiás cumpre seu papel independente disso", afirmou.

Entenda o caso
O cronista esportivo Valério Luiz de Oliveira, 49 anos, foi assassinado em frente à Rádio Jornal - 820 AM no início da tarde do dia 5 de julho, por volta das 14h, quando ele deixava a emissora. Uma testemunha que presenciou a cena prestou depoimento no local. De acordo com ela, havia um motociclista, usando um blusão azul, parado na porta da rádio há algum tempo. Quando o filho do cronista esportivo Mané de Oliveira saiu da emissora, o autor fez os disparos contra seu carro, um Ford Ka preto.
 
De acordo com um colega de trabalho, Valério Luiz terminou a participação no Jornal Debates às 14 horas e depois deixou a emissora. Em seguida, o colega ouviu os disparos. Por volta de cinco minutos depois, a ambulância do Samu chegou ao local para socorrê-lo, mas o cronista não apresentava mais sinais de vida.

Carreira
Valério Luiz seguiu os caminhos do pai, Mané de Oliveira, e ingressou na cobertura esportiva. Começou sua carreira profissional como repórter esportivo em 1978, pela rádio Difusora, de Goiânia. Em 1980, fez parte da produção do quadro do Goiânia Urgente pela Tv Goyá, antiga filiada do SBT em Goiás.
 
Já passou pelo programa Esporte Total (TV Brasil Central), RBC, Tv Goiânia e Rádio Anhanguera. Atualmente, Valério Luiz estava na Rádio Jornal AM 820 e no Programa Mais Esportes, da PUC TV. Valério Luiz de Oliveira deixou mulher e três filhos.

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
  • 04.02.2013 14:32 Ricardo Marques

    Tem mais gente para ser presa, a delegada Adriana Acorse não deixou um cargo na esfera estadual para ir para o mesmo cargo na esfera municipal... A sujeira tem que ser limpa, mas tem que ser colocada no ventilador para ver uma solução a todos os olhos...

  • 03.02.2013 09:57 cleiton cezar

    Desde a morte do valero luiz os goianos sabiam + - quem era o mandante so cabe a justiça provar e se realmente for mantelo na cadeia e que o mesmo pague por isto que vai sair muito caro pros envolvidos,que presepada esses idiotas foram fazer ha muita coisa a se fazer do que matar nao pensaram nas suas familias ea vida agora segue.

  • 03.02.2013 07:34 MARCOS SOUSA

    VALERIO TRABALHOU PARA O PAPA BENTO 16,

  • 03.02.2013 01:54 FIRMINO P. DE OLIVEIRA

    EU ERA UM ADIMIRADOR DO VALERIO PELOS SEUS COMENTARIOS VERDADEIROS AGORA ESPERA QUE JUSTIÇA SEJA FEITAMESMO COM A GRANDE PERDA DO VALERIO !

  • 02.02.2013 17:37 Cesar

    Parabéns Tribunal de Justiça de Goiás por manter gente assim á frente dos cartórios do nosso Estado. Sem preparo para nos prestar um serviço decente. Isso, nobres desembargadores, fiquem segurando o concurso de cartórios aberto desde 2008....Goiás: terra sem lei para os amigos!

  • 02.02.2013 16:28 J.P.

    Sela especial??? Cela. Ou ele está montando a cavalo?

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351