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administração pública

Saúde mira filas por cirurgias e anuncia rodízio em hospitais goianos

Rasivel dos Reis prestou contas na Alego | 05.11.25 - 23:20 Saúde mira filas por cirurgias e anuncia rodízio em hospitais goianos Saúde mira filas por cirurgias e anuncia rodízio em hospitais goianos. (Foto: Sérgio Rocha)
 
A Redação

Goiânia
Sob a presidência do deputado Wagner Camargo Neto (Solidariedade), a Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento (CTFO), da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), se reuniu na tarde desta quarta-feira (5/11), em audiência pública para a prestação de contas da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), referente aos 1º e 2º quadrimestres de 2025.

A apresentação dos dados foi feita pelo secretário Rasivel dos Reis Santos Júnior na Sala das Comissões Júlio da Retífica. Na ocasião, o gestor 
relatou, entre outras coisas, o aumento no número de consultas especializadas e queda nas taxas de mortalidade, além de divulgar balanço de atendimentos realizados em hospitais estaduais. Questionado por deputados, Rasivel respondeu sobre gastos com organizações sociais de saúde (OSSs) e demanda por vagas em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI).
 
A apresentação teve início com relatório referente à fila de espera para cirurgias eletivas e consultas especializadas no Estado. “Temos visto uma expansão contínua de consultas e procedimentos especializados”, disse, expondo números da primeira metade de 2025, em contraste com o mesmo período de 2024. Segundo ele, nos dois primeiros quadrimestres de 2025, foram feitas 56.426 cirurgias eletivas. Atualmente, 23.129 pacientes aguardam por procedimentos. “Estamos trabalhando para reduzir essa fila de espera, trabalhando com a priorização”, afirmou.

A estratégia será fazer um rodízio, com a participação de quatro hospitais goianos: 
de Urgências de Goiás (Hugo), Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana) e Estadual de Aparecida de Goiânia Caio Louzada (Heapa). Neste primeiro momento, cada um deles ficará uma semana sem receber pacientes levados pelo Samu e pelo Corpo de Bombeiros, podendo realizar cirurgias eletivas represadas. 
 
Consultas especializadas
Com relação às consultas especializadas, o secretário enfatizou que, por meio do Sigo e do painel Regulatron, o percentual de utilização das vagas aumentou de 42,77%, em janeiro, para 72,38% em agosto. “Com o sistema integrado, são mais de 30 mil consultas marcadas automaticamente e, quando o paciente desiste, já entra outro da lista de espera. Isso otimizou muito a questão da consulta especializada”, pontuou Reis.
 
Mortalidade prematura e materna
Em seguida, o secretário apontou a redução na taxa de mortalidade prematura pelo conjunto de quatro principais doenças crônicas não transmissíveis. O número caiu, de acordo com o Rasível, em mais de 100 por 100 mil habitantes. A redução exposta passou de 287,08 para 185,53. A estimativa era de 275, 71.
 
Já a redução de mortalidade materna foi de 53,6 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. “Toda morte materna deve ser tratada como um evento catastrófico, porque 95% das mortes maternas são consideradas evitáveis”, frisou Rasivel. “Estamos fazendo todo o esforço para não termos morte materna. Cada morte materna é investigada para sabermos o que devemos fazer para que ela seja evitada”, salientou o titular da pasta da Saúde.
 
Iniciativas recentes e premiadas
O secretário também apontou as iniciativas recentes e premiadas do período. Ele abordou, primeiramente, a Rede Nascer, que tem foco na melhoria de crianças e gestantes, incluindo a busca pela redução das mortes maternas e infantis.
 
Outra ação que o secretário destacou foi a Identificação Neonatal, que consiste em identificar a criança e a mãe já na sala de parto, o que evita troca e rapto de bebês, além de ajudar em casos de abandono de recém-nascidos. A iniciativa teve início em setembro de 2025, no Hospital Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, e está em expansão, de acordo com Rasivel dos Reis.
 
O titular da Saúde abordou, ainda, o Meu Prontuário Eletrônico (Meu PEP), vencedor de prêmio de inovação digital. No prontuário, é disponibilizada aos pacientes uma série de informações relacionadas ao histórico de saúde a partir de dados das redes estaduais e municipais.
 
Ampliação da cobertura vacinal
Rasivel dos Reis destacou, ainda, o Canal Saúde Goiás como uma grande inovação do Estado. Trata-se de uma nova forma de comunicação com o cidadão, com acesso em tempo real a campanhas direcionadas, agendamento de consultas, exames, cirurgias e posição na fila de espera.
 
O sistema, que envia mensagens via SMS, mensagem de voz ou por meio do aplicativo WhatsApp, resultou no aumento da taxa de cobertura vacinal. “Começamos com a campanha da influenza e foi um sucesso. Conseguimos em torno de 15 mil pessoas a mais para serem vacinadas”, relatou Rasivel dos Reis ao apontar a importância da vacinação, sobretudo no momento atual.
 
“O mesmo leito em que eu internaria um paciente com uma complicação evitável porque ele não tomou a vacina seria o mesmo leito em que eu internaria um paciente com AVC, infarto ou algum trauma. Muitas vezes, aquele leito está sendo utilizado de forma inadequada por alguém que tomou a decisão deliberada de não se vacinar”, frisou o secretário.
 
O secretário de Saúde salientou, ainda, a atuação da gestão estadual no incentivo à imunização. “Precisamos nos recuperar dessa tragédia da hesitação vacinal, que, em momento nenhum, o nosso governador participou. Ronaldo Caiado foi o único gestor de direita que sempre incentivou a vacinação, nunca foi negacionista e sempre valorizou a ciência e a vida. Essa é uma questão extremamente importante, que o Estado de Goiás deu exemplo”, completou Rasivel dos Reis.
 
Novas unidades hospitalares
No encontro, o secretário também apresentou números referentes a novas unidades hospitalares em Goiás. Segundo o relatório, com um ano de funcionamento, o Hospital Estadual Ronaldo Ramos Caiado Filho, em Águas Lindas de Goiás, realizou mais de 200 mil atendimentos à população do Entorno do Distrito Federal (DF). O valor investido na unidade de saúde, que conta com 164 leitos, 40 unidades de terapia intensiva (UTIs) e 22 consultórios, foi de R$ 157 milhões.
 
Já o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), dedicado ao tratamento do câncer infantojuvenil, registrou no período de três meses de funcionamento: 119 casos atendidos; 81 casos diagnosticados; 146 internações em enfermaria; 35 admissões em UTI; 225 cirurgias realizadas, sendo 18 de grande porte e 19 neurocirurgias; 526 consultas médicas; 926 consultas multi; 104 sessões de quimioterapia; e 853 manipulação de quimioterápicos.

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