Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 14º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Meio Ambiente

COP-30: Governo vai ampliar monitoramento de cidades sob risco climático

Brasil sofre sucessivos desastres ambientais | 10.11.25 - 16:28 COP-30: Governo vai ampliar monitoramento de cidades sob risco climático Área de risco mapeada será ampliada (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)São Paulo - O governo brasileiro vai ampliar a cobertura do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). Até 2026, o centro que hoje monitora 1.133 municípios passará a monitorar 1.942 cidades - com isso, a cobertura chegará a 70% da população brasileira. O Brasil tem sido vítima de sucessivos desastres ambientais. Nos últimos anos, o País viu catástrofes como as chuvas no Rio Grande do Sul e a seca na Amazônia. Mais recentemente, na semana passada, três tornados atingiram o Paraná e deixaram seis pessoas mortas.

A adaptação climática é uma das prioridades do governo brasileiro na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30). "O convênio vai na direção de levar o que temos disponível de tecnologia para as cidades", afirmou ao Estadão a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

Informações georreferenciadas
O Cemaden é o principal órgão de monitoramento de desastres do Brasil e já viveu sucessivas crises de falta de financiamento e escassez de mão de obra. Além da ampliação do Cemaden, o governo trabalha para disponibilizar os dados que hoje já existem a Estados e municípios. A ideia é que os entes usem essas informações para desenvolver políticas de adaptação à mudança do clima. Uma proposta é criar um Sistema Nacional de Informações Georreferenciadas para fornecer os dados de forma compartilhada.

Atualmente, o modelo existe apenas em três regiões metropolitanas: Belém (PA), Florianópolis (SC) e Teresina (PI). Agora, o formato será expandido para todo País. "Vamos colocar o Cemaden, que tem estações geológicas e hidrológicas, que medem tanto a parte dos alagamentos, como também o deslizamento de barreiras, nós vamos fazer um acerto para que possa dispor dessas estações geológicas, hidrológicas, radar meteorológico, dados", afirma a ministra Luciana Santos.

Fundo de prevenção a desastres
Outra proposta que será apresentada pelo governo é a estruturação de um fundo para financiar projetos de prevenção a desastres em municípios de pequeno e médio porte, que tornem as cidades mais resilientes à mudança do clima. Ao Estadão, o ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o haverá um aporte inicial de R$ 100 milhões. A ideia é mobilizar atores do setor privado para que possam contribuir. O ministro se reuniu com representantes da União Europeia para pedir apoio à iniciativa em favor das cidades brasileiras.

O governo ainda não tem clareza sobre o funcionamento do mecanismo, que pode inclusive ser incorporado ao "Fundo de Apoio à Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos (Fierce)". "O que a gente tem percebido é que os projetos, quando chegam para nós, não são projetos consistentes. A gente precisa financiar isso. Mas não adianta só arrumar o financiamento tem que também ajudar na montagem desses projetos", disse Jader Filho ao Estadão.

Inovação agrícola
Nesta segunda-feira (10), um pacote de inovação agrícola também será anunciado com recursos bilionários do setor privado para impulsionar adaptação à mudança do clima. A definição da meta global de Adaptação é um dos itens de agenda da COP-30. A expectativa é de que os países concordem em estabelecer indicadores para mensurar a adaptação em todo o mundo. No momento, cerca de cem indicadores, que passam por áreas como saúde, educação, entre outras, estão sobre a mesa dos negociadores.

Assim como em outras áreas de negociação, o tópico mais sensível é a definição do financiamento para colocar em prática as medidas de adaptação. O governo brasileiro acompanha o tema com atenção sobretudo devido aos últimos desastres no País. Em entrevista ao Estadão, o presidente da COP-30, André Corrêa do Lado, afirmou que "gostaria muito que essa COP fosse lembrada como uma COP de adaptação." (Agência Estado)

Leia mais:
Lula defende gasto com clima em vez de guerra na abertura da COP30
Universidade Estadual de Goiás estará na COP30
Caiado apresenta ações de Goiás na COP30 em Belém
COP30: financiamento, transição e adaptação são centro das negociações

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351