A Redação
Goiânia - A prefeitura de Goiânia participou da 13ª Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Saneamento Básico (CMSB) para apresentação do Diagnóstico e Prognóstico do Plano Diretor de Drenagem Urbana de Goiânia (PDDU-GYN), nesta quinta-feira (13/11). O plano irá orientar a gestão das águas pluviais e as ações de prevenção de alagamentos na capital para os próximos 30 anos.
O secretário municipal de Infraestrutura Urbana, Francisco Elísio Lacerda, explicou que o material será analisado tecnicamente antes das deliberações. “O relatório foi entregue hoje ao conselho, e a prefeitura inicia agora a etapa de análise técnica de todo o material. Esses documentos reúnem informações detalhadas sobre a situação da drenagem na cidade e projeções para os próximos anos, então precisam ser estudados com atenção pelas equipes. Após essa avaliação, vamos discutir os pontos apresentados para definir quais encaminhamentos serão adotados”, disse.
A apresentação detalhou dados como o levantamento de erosões lineares e fluviais monitoradas pela UFG e pela Amma, apontando evolução histórica entre 2002 e 2025 e indicando que a maior parte das erosões fluviais está associada a estruturas de lançamento de águas pluviais. O levantamento também dividiu Goiânia em 14 sub-bacias hidrográficas para análise detalhada dos cursos d’água.
Foram apresentados ainda os objetivos centrais do Plano de Drenagem, que incluem redução de riscos de alagamentos, melhoria da qualidade de vida, preservação ambiental e integração da drenagem ao planejamento urbano, considerando aspectos sociais, econômicos e ambientais.
O vice-coordenador do PDDU e professor da UFG, Raviel Basso, explicou que os documentos analisam áreas vulneráveis, impactos ambientais da urbanização e cenários futuros. “O diagnóstico traz um retrato detalhado da drenagem urbana de Goiânia, indicando áreas vulneráveis e impactos ambientais. Já o prognóstico faz projeções, propõe soluções técnicas e investimentos prioritários para integrar a drenagem ao planejamento urbano e ambiental”, destacou.
Representando a Câmara Municipal, o vereador Lucas Kitão, integrante do conselho, ressaltou a importância da tramitação célere após a formalização dos estudos. “É uma reunião que a pauta é a apresentação dos estudos feitos pela UFG. A partir de agora, a prefeitura tramita internamente a proposta. Nossa esperança é que esse projeto fique pronto o mais rápido possível. Quanto mais rápido a gente iniciar melhor, porque são ações para os próximos anos”, argumentou.
As próximas etapas do plano, que incluem os programas e ações de mitigação, o plano de emergência e contingência, o manual de drenagem e o relatório final, estão previstas para serem concluídas no primeiro semestre do próximo ano. A expectativa é realizar uma nova audiência pública entre fevereiro e março, quando esses produtos serão apresentados à sociedade.
O encontro foi conduzido pela Agência de Regulação de Goiânia (AR), com participação da Seinfra, Seplan, Amma, SMS, Segov, Sefaz, Câmara Municipal, UFG, IFG e Crea-GO.