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(Foto: reprodução) São Paulo - Criminosos armados invadiram um internato feminino de ensino médio e sequestraram 25 alunas no noroeste da Nigéria, nesta segunda-feira (17/11). O vice-diretor da escola foi baleado e morto durante o ataque. De acordo com o porta-voz da polícia, Nafi'u Abubakar Kotarkoshi, os sequestradores entraram nos dormitórios de uma instituição de ensino na localidade de Maga, no Estado de Kebbi, às 4 horas no horário local (0h no horário de Brasília) com "armas sofisticadas" e "disparando esporadicamente".
Quando os policiais chegaram ao local, os suspeitos "já tinham pulado a cerca da escola e sequestrado 25 estudantes de sua residência". Além do vice-diretor, um segurança também ficou ferido durante o ataque, de acordo com um relatório feito para a Organização das Nações Unidas (ONU).
Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelos sequestros até o momento. Uma equipe formada por policiais de Kebbi, militares e membros de milícias civis está no local para revistar "minuciosamente as rotas utilizadas pelos bandidos e a floresta próxima" com o objetivo de "resgatar as alunas sequestradas e tentar deter os autores deste ato atroz", de acordo com Kotarkoshi.
Outros sequestros
Este é o segundo sequestro em massa em uma escola de Kebbi em quatro anos. Em junho de 2021, criminosos levaram mais de 100 estudantes e funcionários de uma instituição de ensino pública. Alguns anos antes, em abril de 2014, o sequestro de 276 meninas em Chibok, no conflituoso Estado de Borno, foi manchete no mundo todo, o que provocou uma grande mobilização internacional, com o lema "Bring Back Our Girls" (Tragam nossas meninas de volta, em português).
Parte das estudantes foram liberadas em grupos ao longo de dois anos, após os pais pagarem o resgate. Algumas das alunas foram obrigadas a se casar e retornaram com bebês. No entanto, quase 100 meninas capturadas seguem desaparecidas. No geral, os sequestros para obtenção de resgate são frequentes na Nigéria, que é o país mais populoso da África e vive assolado pela insegurança.
Os Estados do centro e do noroeste do país são aterrorizados há anos por grupos criminosos que as autoridades denominam de "bandidos". A violência, que inicialmente estava relacionada com os conflitos pelos direitos sobre a terra e a água entre pastores e agricultores, transformou-se em confrontos relacionados com o crime organizado, com grupos que assumem o controle de comunidades rurais onde o governo tem pouca ou nenhuma presença. O país também se viu afetado pela violência armada desde o aparecimento, em 2009, do grupo Boko Haram na bacia do lago Chade, no nordeste da Nigéria. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS (Agência Estado)