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PL Antifacção

Em Brasília, Caiado defende equiparação de narcotráfico a terrorismo

Governador acompanha votação do Projeto de Lei | 19.11.25 - 00:02 Em Brasília, Caiado defende equiparação de narcotráfico a terrorismo Em Brasília, Caiado defende equiparar narcotráfico ao terrorismo. (Foto: Hegon Corrêa)
 
A Redação

Goiânia
- O governador Ronaldo Caiado articula nesta terça-feira (18/11), na Câmara dos Deputados, uma emenda no PL Antifacção para igualar o crime organizado a grupos terroristas. “Não tem nenhum sentido mais alterar o texto. Nós queremos a emenda para que possa ali equiparar narcotráfico e narcoterrorismo”, afirmou ao defender uma abordagem estratégica na votação do Projeto de Lei nº 5.582/25, que cria o marco legal do combate às organizações criminosas no País.
 
Caiado reservou a agenda para dialogar com governadores e lideranças partidárias, entre elas o deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). “É preferível nós atacarmos aquele ponto onde enxergo a coluna vertebral do projeto. Teremos toda a inclusão das Forças Armadas no processo de combate ao narcotráfico”, frisou. “Aí você toma uma outra musculatura e uma outra capacidade de liberar o Brasil e recuperar essas áreas sequestradas pelo narcoterrorismo”, defendeu ao pontuar que a medida eleva os padrões de repressão aos faccionados.
 
“Assim será um combate para realmente extirpar no Brasil este grande mal que vem deteriorando a vida do brasileiro”, defendeu o governador ao mencionar que a medida possibilita a inclusão das Forças Armadas no combate às facções criminosas. “Nós teremos a Aeronáutica, a Marinha e o Exército Brasileiro. Todos eles, junto com as forças estaduais, mais a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. E aí sim, nós teremos todo um aparato para combater o narcotráfico no Brasil”, afirmou. 
 
Para Caiado, a entrada das Forças Armadas configura um reforço efetivo para desarticular as organizações criminosas que operam de forma estruturada, com recursos financeiros e logística avançada em todas as regiões do país. “A Amazônia brasileira é toda tomada pelo narcotráfico. Ela é responsável por 40% da entrada de cocaína, hoje, na Europa e também em parte dos Estados Unidos. Como é que uma Polícia Militar do Pará ou a Polícia Federal vão dar conta de poder fazer o combate?”, questionou.
 
O líder do Executivo goiano pontuou que não cabe uma “mudança substantiva no texto” ou mesmo pequenas alterações. “Ponderei que não era interessante ficar fazendo destaques em pequenas situações. O que não daria ao projeto uma grande relevância e muito menos uma mudança substantiva no texto”, afirmou ao anunciar que, com articulação do Partido Liberal, União Brasil e Progressistas, há apoio suficiente para que a emenda seja destacada e votada nominalmente em plenário. 
 
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, anunciou a votação em pauta única nesta terça-feira. “Esta será a resposta mais dura da história da Câmara dos Deputados no enfrentamento ao crime organizado”, frisou. Ele reconheceu o esforço de diálogo com autoridades e representantes dos estados, entre eles Caiado e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também presente em Brasília. “Quero aqui reconhecer o trabalho do relator, que tem até este momento dialogado com todos os partidos, com as autoridades constituídas, buscando construir a proposta mais viável politicamente para que a Câmara possa demonstrar de uma vez por todas o seu compromisso com a segurança pública e a sua indignação com o momento que o país vive”, acrescentou.
 
Antifacção
O texto a ser votado na Câmara dos Deputados está na quinta versão apresentada pelo relator, o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP). A proposta, entre outros eixos, visa tipificar o crime de facção criminosa e agravar penas, visando fortalecer as investigações e o combate ao crime organizado. Também propõe criar e integrar os Bancos Nacional e Estaduais de Dados sobre as Organizações Criminosas, bem como visa impedir o uso de empresas como instrumentos de lavagem de dinheiro, entre outras medidas.
 
 

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