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Audiência de custódia

Bolsonaro culpa ‘paranoia’ e ‘alucinação’ por tentar violar tornozeleira

Prisão preventiva foi mantida | 23.11.25 - 14:19 Bolsonaro culpa ‘paranoia’ e ‘alucinação’ por tentar violar tornozeleira Jair Bolsonaro em setembro de 2025 (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Brasília - O ex-presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo, em audiência de custódia, que a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica foi motivada por “paranoia” e “alucinação” causadas pelo uso de medicamentos psiquiátricos. As declarações foram dadas à juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, que atua como auxiliar no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
 
“Indagado acerca do equipamento de monitoramento eletrônico, o depoente respondeu que teve uma “certa paranoia” de sexta para sábado em razão de medicamentos que tem tomado receitados por médicos diferentes e que interagiram de forma inadequada (Pregabalina e Sertralina)”, diz a ata da audiência. O documento também atesta que o ex-presidente alegou ter “o sono picado e não dorme direito”.
 
Bolsonaro também disse à juíza que “estava com “alucinação” de que tinha alguma escuta na tornozeleira, tentando então abrir a tampa”. Também alegou que não se lembra de ter tido “surto dessa natureza em outra ocasião”. O depoente disse que tomar um dos remédios cerca de quatro dias antes de ser preso.
 
Ainda segundo a ata, Bolsonaro teria começado a mexer na tornozeleira com um ferro de soldar na tarde da sexta-feira, 21, e teria interrompido a atividade por volta da meia-noite. Alegou que tem curso de operação desse tipo de equipamento e tinha o ferro de solda em casa. Contou também que depois “caiu na razão”, parou e comunicou os agentes que fiscalizavam a prisão domiciliar.
 
O ex-presidente também afirmou que estava em casa com a filha, o irmão mais velho e um assessor, mas ninguém teria percebido a movimentação.
 
À juíza, Bolsonaro negou qualquer intenção de se livrar do equipamento e fugir. Também ressaltou que não houve rompimento da cinta que prendia o equipamento ao tornozelo dele. E acrescentou que a vigília convocada por seu filho Flávio ocorreria a 700 metros da residência, “não havendo possibilidade de criar qualquer tumulto que pudesse facilitar hipotética fuga”.
 
Ao fim da audiência, a juíza manteve a prisão preventiva, por constatar que não houve qualquer irregularidade na determinação de Moraes. O ex-presidente estava em prisão domiciliar e, após detectada a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. (Agência Estado)
 
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