A Redação
Goiânia - Com o anúncio da chegada do período chuvoso em Goiás, que deve se estender até os primeiros meses do próximo ano, o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), o Governo de Goiás e as empresas responsáveis pelas obras financiadas a partir de recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) anunciaram a ativação de um protocolo técnico específico para garantir a segurança e a eficiência dos trabalhos nas rodovias estaduais.
Segundo o engenheiro Pedro Salomão, assessor de Engenharia do Ifag, o planejamento é feito com base em séries históricas de precipitação, permitindo uma mudança de foco nas atividades.
“É importante destacar que o período chuvoso não significa paralisação. Ao contrário: trata-se de uma fase estratégica. Enquanto suspendemos temporariamente serviços sensíveis à umidade, como terraplenagem e compactação de solo, avançamos com força total em drenagem, cercamento, estudos ambientais e projetos executivos”, explica.
Estratégias de execução e segurança
Para minimizar impactos, as empresas executoras das obras adotaram medidas preventivas rigorosas. Entre elas estão a implantação de sistemas de drenagem provisória, como valas e sarjetas, e a proteção de áreas já escavadas com lonas e contenções, evitando erosões e a perda dos serviços já realizados.
A tecnologia também é uma aliada neste período. As equipes utilizam softwares de monitoramento climático e pluviômetros nos canteiros para ajustar o planejamento diário. “Quando os limites de segurança e saturação do solo são atingidos, as atividades são imediatamente adaptadas. Isso protege tanto a integridade física dos trabalhadores quanto a qualidade técnica da rodovia”, reforça o assessor de Engenharia.
Transparência e logística
Além da parte técnica, há um reforço na comunicação e manutenção. Desvios provisórios recebem atenção contínua para garantir a trafegabilidade aos usuários da via, e as equipes de comunicação social mantêm a população local informada sobre o andamento das frentes de serviço por meio de comunicados nas redes sociais, em rádios e outros veículos. As prefeituras e os sindicatos rurais das regiões das obras também colaboram com a notificação.
O objetivo dessa estratégia sazonal é garantir que, assim que o período de estiagem retornar, as obras estejam preparadas para avançar com celeridade. "Realizar esses trabalhos agora permite que, ao fim das chuvas, a pavimentação avance de forma muito mais rápida e segura", conclui Salomão.
O acompanhamento detalhado das obras continua sendo registrado em relatórios semanais e mensais, assegurando transparência na aplicação dos recursos do Fundeinfra e no cumprimento dos cronogramas físico-financeiros.
Parceria entre o Ifag e o Governo de Goiás
O Ifag e o Governo de Goiás assinaram um termo de colaboração baseado nas Leis de Contratos de Gestão com Organizações Sociais. Assim como o modelo tradicional de licitação, é prevista pela legislação, mas se difere na desburocratização e rapidez na entrega dos resultados.
As construtoras são pré-qualificadas por um chamamento público realizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), e contratadas por uma comissão presidida pelo Ifag. Em vez de focar apenas no menor preço (o que pode gerar obras de baixa qualidade e que precisam de aditivos), o foco é na melhor técnica.
Enquanto o modelo convencional de contratação pública leva, em média, 55 meses para concluir o ciclo de uma obra rodoviária, o modelo reduz esse tempo para cerca de 31 meses. Isso representa uma economia de tempo de dois anos.
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