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Segurança Pública abre sindicância após discussão entre delegado e coronel

Policiais discutiram ao vivo na TV Record | 08.04.13 - 10:15
A Redação
 
Goiânia - Depois da discussão ao vivo entre o delegado Waldir Soares e o tenente coronel da PM, Anésio Barbosa, o governo de Goiás, por meio da Secretaria de Segurança Pública de Justiça (SSPJ), se posicionou através de uma nota oficial divulgada na manhã desta terça-feira (9/4). O órgão disse que já está apurando os fatos e ratifica a existência do respeito institucional entre as Polícias Militar e Civil.
 
Leia a nota da íntegra
"Em virtude do episódio envolvendo o delegado da Polícia Civil Waldir Soares de Oliveira e o tenente da Polícia Militar Edson Lins de Siqueira Filho, a Secretaria da Segurança Pública e Justiça de Goiás determinou a instauração de sindicância para apuração dos fatos e adoção das medidas cabíveis. A Secretaria da Segurança Pública e Justiça ressalta que o ocorrido é um caso pontual que não espelha a relação de respeito institucional entre as Polícias Militar e Civil."
 
Desentendimento
Depois de muito bate boca, o Comando da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM) divulgou uma nota de repúdio ao comportamento do delegado Waldir Soares, titular do 8º Distrito Policial de Goiânia. Ele encabeçou uma operação deflagrada na sexta-feira (6/4) na qual o tenente da PM, Edson Lins de Siqueira, foi preso em uma boate da capital por portar uma arma com a numeração raspada. 
 
Na manhã de segunda-feira (8/4) a confusão se prolongou durante uma entrevista ao programa Goiás no Ar, da TV Record. O delegado Waldir Soares discutiu ao vivo com  o tenente coronel da PM, Anésio Barbosa, que é assessor de imprensa da Polícia Militar.Veja vídeo:
 

Delegado Waldir Soares e tenente coronel da PM, Anésio Barbosa discutiram ao vivo (Vídeo cedido TV Record Goiás)
 
O tenente repreendeu o delegado e disse que ele causou tumulto e atropelou os direitos individuais de Edson Lins. "Todo oficial de polícia tem direito ao porte de arma. É uma obrigação deste agente público [delegado Waldir] ter conhecimento da lei", disse durante o link. Anésio explicou ainda que o policial estava em horário de folga e não cometeu nenhum tipo de transgressão ou crime.
 
Em contrapartida, o delegado Waldir Soares disse que é uma pena que um coronel da PM desconheça a lei e não entenda que o policial estava bêbado e armado.
 
Entenda o caso
O delegado Waldir Soares comandou entre os dias 4, 5 e 6 de abril a Operação Tolerância Zero. A ação foi realizada nos setores Pedro Ludovico, Alto da Gloria, Vila Redenção, Serrinha, Jardim Esmeralda e Marista, tendo como objetivo reprimir o consumo de álcool por adolescentes, o porte de arma irregular e a violência praticadas por seguranças de bares e boates contra clientes.
 
O policial militar Edson Lins de Siqueira Filho foi preso na noite de sexta-feira (6/4) durante a operação, e a ordem do delegado Waldir Soares foi justificada pelo fato do tenente estar portando uma sem registro e ingerindo bebida alcoólica, o que é proibido pelo estatuto do desarmamento. Além disso, segundo Waldir, o policial portava uma pistola 9mm, de uso exclusivo da Polícia Federal e do Exército. 
 
Segundo Waldir, quase que imediatamente o 8º Distrito Policial de Goiânia foi cercado por viaturas da PM, enquanto o tenente prestava esclarecimentos. "Ao chegar  na Delegacia, deparamos com 18 viaturas, com 36 policiais militares, 4 oficiais, um deles inclusive de bermuda, fora de serviço, em motim, que impediram a continuidade das investigações e resgataram aquele oficial, mantendo as viaturas fechando a Avenida 2ª Radial, prejudicando a produção de outras provas", disse o delegado.
 
Nota Polícia Militar
O documento enviado à imprensa diz que o policial militar ofendido vai buscar a reparação dos danos e abusos sofridos nas esferas administrativa, penal e civil, iniciando o processo com a representação em desfavor do delegado Waldir Soares perante a Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública e Justiça (SSPJ) e a Corregedoria da Polícia Civil.
 
"O Comando da Polícia Militar considera este lamentável episódio um fato isolado e reafirma sua consideração e apreço institucional pela Polícia Civil, reconhecendo a importância, o trabalho, o compromisso e os esforços despendidos em prol da segurança pública por todos Delegados, Agentes, Escrivães e demais servidores que compõem esta laboriosa coirmã, garantindo a continuidade de todas as parcerias e do processo de integração entre as forças policiais goianas", traz a nota.
 
Segundo a PM, a corregedoria  já investigando o caso, mas Waldir Soares afirmou que vai solicitar que  o Ministério Público de Goiás (MP/GO) acompanhe de perto a ação da PM. 
 
Ameaça
No final da manhã de segunda-feira (8/4) o delegado Waldir Soares, informou que seis viaturas da Rotam passaram duas vezes em frente ao 8º Distrito Policial e permaneceram no local por alguns minutos.Waldir disse que cada viatura estava com seis policiais armados e giroflex ligado na intenção de coibir os policiais civis. 
 
O delegado Waldir Soares também emitiu uma nota em resposta ao posicionamento da PM. "Esta ação de grupo de Policiais Militares, covarde, indisciplinada, sem hierarquia, contrária a lei, é fato repetido em nosso Estado, como a intimidação da Organização Jaime Câmara, Assembleia Legislativa de Goiás, a Ordem de Advogados do Brasil, Religiosos, Jornalistas, especialmente ao Valério Luís, Policia Federal, Ministério Publico, Juízes e ate praças da policia militar conforme imagens recentes da mídia, bem como aos cidadãos. Permanece a impunidades de autores de condutas ilícitas e muitos ainda estão em atividade operacional", trouxe a nota.
 


Comentários

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  • 09.04.2013 16:02 Paulo Rezende

    é um absurdo essa Policia Militar goiana... quer dizer que o cidadão comum deve sim ser preso por estar embriagado, enquanto o pm tem que se usar o bom senso e liberar??? é demais da conta isso, PM bandida, Coronel Anezio, o senhor perdeu a chance de ficar calado!!!!

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