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Três Lagoas (MS)

Garoto de 16 anos é espancado pelo pai por ser gay

Pai ameaçou arrastar o menino pela ruas | 03.08.13 - 15:42

Alexandre Parrode
 
Goiânia - Pai e filho foram parar na delegacia, na última segunda-feira (29/7), em Três Lagoas (MS), depois que o adolescente de 16 anos foi espancado pelo pai por ser gay. O garoto teve que ser levado para o hospital, já que teve ferimentos por todo o corpo.
 
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Rosseto, os dois tiveram uma discussão de madrugada, quando o garoto, que tinha saído, voltava para casa. O pai, que é pecuarista, teria começado o espancamento com um soco no rapaz. 
 
"Foram socos, tapas, além de muita humilhação, com xingamentos de baixo calão. O pai dizia que o menino é arrombado, que gay tem que apanhar mesmo, que é lixo, e vagabundo”, afirmou o delegado em entrevista ao AR.
 
O irmão da vítima conseguiu separar a briga, levando o adolescente para a casa da avó. No local, o pecuarista teria novamente agredido o filho. Segundo as declarações da mãe do garoto, que se separou do pecuarista há duas semanas, o pai deu socos e pontapés no adolescente, bateu a cabeça dele no chão e disse que o filho estava “endemoniado”.
 
Socorro
Após a confusão na porta da casa da avó, o próprio agressor levou o jovem ao hospital, vendo que o garoto estava visivelmente machucado. No caminho, segundo o delegado, o pecuarista percebeu que havia esquecido a carteira do plano de saúde do adolescente, e voltou para a casa. 
 
Chegando lá, o pai perdeu novamente a cabeça e amarrou uma corda na perna do garoto, indo em direção do engate do carro. "O pai ameaçou jogá-lo do carro e arrastá-lo na rua caso não mudasse a orientação sexual", explica o delegado.
 
O Conselho Tutelar foi acionado e encaminhou a vítima e o irmão para a Delegacia de Polícia, onde registraram boletim de ocorrência, foram ouvidos e encaminhados para exames de lesão corporal – o qual deve ficar pronto na próxima semana. O garoto passa bem e está em poder da mãe.
 
Histórico
O delegado Rosseto afirma que o conflito na família existe há pelo menos um ano. O pecuarista, que preferiu não comentar sobre o caso, será indiciado por crime de tortura por três vezes e pelo crime de injúria. Ele ficou detido, mas foi liberado logo em seguida. 


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