Uma dessas mulheres é Luciane Hoepers, 1,75 metro, 33 anos, olhos verdes, e que já está sendo chamada de Musa da Operação Miqueias. Ela é conhecida do meio televisivo, já foi garota do time de futebol Avaí, de Santa Catarina, participou do reality show Casa Bonita, atuou no Zorra Total e trabalhava como agente financeira do grupo Invista, operado pela quadrilha. Ela foi presa.
Ligações
A PF diz que Luciane é ligada ao doleiro Fayed Antoine Traboulsi, um dos líderes da quadrilha. As interceptações telefônicas mostram que ela mantinha vários contatos com políticos. Na lista de municípios onde Luciane procurou prefeitos e ex-prefeitos estão cidades de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina e São Paulo.
Os grampos da PF mostram que no dia 26 de março deste ano Luciane comunicou deputados goianos. Nesta segunda-feira (23/9) o apresentador Oloares Ferreira divulgou imagem de um almoço entre a mulher e três deputados goianos: Daniel Vilela, Leandro Vilela e Samuel Belchior.
Ao jornal Estado de S. Paulo, Leandro Vilela informou que não se lembra da moça nem do almoço. Samuel Belchior disse em nota que se encontrou com uma “pessoa” que estaria sendo investigada pela PF.
Outra reportagem, do jornal O Globo, mostrou um diálogo de Luciane com um prefeito identificado como Júnior:
- Alô, prefeito Júnior. Tudo bem? Aqui quem fala é a Luciane da Invista. Tá lembrado?
- Tô lembrado, difícil esquecer.
Planalto
As repercussões da Operação Miqueias preocupam o Palácio do Planalto. Na noite de sexta-feira (20), o assessor do Ministério das Relações Institucionais Idaílson Vilas Boas Macedo foi demitido após ser acusado pela PF de ser o lobista da quadrilha.
Idaílson trabalhava diretamente com o subchefe de Assuntos Federativos da Presidência da República, Olavo Noleto, atualmente o goiano que ocupa o mais alto cargo no governo federal.
As investigações levaram à prisão de ao menos 20 pessoas em nove estados, além do cumprimento de dezenas de mandados de busca e apreensão. Entre os bens apreendidos constavam vários veículos de luxo, como uma Ferrari e uma Lamborghini.
Ao longo de 18 meses de investigação, grupo teria movimentado R$ 300 milhões.
(Com informaçoes do site Brasil 247)