Michelle Rabelo
Goiânia - A Operação Miqueias da Polícia Federal (PF) continua em destaque nos principais veículos de comunicação do país. Neste domingo (29/9), a Prefeitura de Aparecida de Goiânia esclareceu, por meio de uma nota oficial, que o prefeito Maguito Vilela não é investigado.
Imagem: reprodução revista Istoé
A equipe do peemedebista questionou a utilização da imagem do prefeito na matéria “Poder, Sexo e Corrupção”, da Revista Istoé, que é vendida desde domingo (29/9). A assessoria entende que, como Maguito não é um dos alvos operação, o veículo não poderia ter divulgado a imagem do prefeito de Aparecida de Goiânia.
"Após conversa com parentes do prefeito Maguito Vilela (acima), a “pastinha” Luciane Hoepers (abaixo) arrebatou R$ 9 milhões", trouxe a matéria da Istoé.
Segundo a assessoria, a matéria, "é desproporcional em comparação ao próprio inquérito da PF, que contém apenas citação ao nome do prefeito". A equipe afirma ainda que a jornalista
não respeitou um princípio básico do jornalismo que é o de ouvir todas as partes envolvidas. " Ela confundiu a opinião pública e prejudicou a imagem de um homem público que norteia o seu trabalho pela ética", traz a nota.
Investimento irregular
A prefeitura também ressalta o trabalho que Maguito realiza em Aparecida de Goiânia e das ações, no caso dos pontos relacionados à investigação da PF, que mostram que o prefeito não deixou de tomar nenhuma decisão que envolvesse o ex-gestor do Fundo de Previdência dos Servidores de Aparecida de Goiânia (AparecidaPrev), Sebastião Ramoncito.
O ex-gestor é alvo da investigação por causa de uma aplicação de R$ 8,4 milhões no fundo de investimento BYN Mellon, realizada em junho de 2012. "Ou seja, tudo aconteceu antes do almoço que ocorreu, em Brasília, em março de 2013, com a participação dos deputados Samuel Belchior, Daniel Vilela e Leandro Vilela, que consta no inquérito policial da PF", informa a nota.
Um dos feitos de Maguito bastante destacado na nota é a exoneração de Sebastião Ramoncito, em dezembro de 2012. A retirada dele do quadro de funcionários teria ocorrido pelo fato de Sebastião ter investido em fundos administrados por outros bancos que não o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. A nota é bem clara, ao afirmar que a determinação tem sido cumprida rigorosamente pelo atual presidente do AparecidaPrev, Eli de Faria.
Transparência
A prefeitura é enfática ao afirmar que, ao contrário do que divulga a reportagem da Istoé, o almoço não influenciou na aplicação dos R$ 8,4 milhões no fundo de investimento investigado pela PF. Apesar dessa investigação, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) não julgou a operação irregular. A aplicação está em fase de análise pelo TCM.
"É importante que todos os servidores públicos municipais saibam que o AparecidaPrev possui equilíbrio financeiro com um saldo atual de cerca de R$ 85 milhões, que proporciona segurança aos servidores públicos ativos e inativos que contribuem com o AparecidaPrev", traz a nota.