Goiás 247 - A modelo e administradora de empresas Luciane Hoepers concedeu entrevista ao Fantástico, da Rede Globo. A conversa de Luciane, presa pela Operação Miqueias da Polícia Federal, e o repórter Vladimir Netto foi exibida neste domingo (29/9).
Luciane negou que ela e outras mulheres eram contratadas pelo doleiro Fayed Trabousi para aliciar e seduzir prefeitos – fazendo com eles investissem recursos dos fundos de pensão nas movimentações de investimento da quadrilha. Ela também negou ser prostituta.
“Foi criado um sensacionalismo em cima das meninas que eram contratadas”, disse a loira. “Nós, no caso, que fazíamos esse intermédio de venda de fundos de investimento, recebíamos a nossa corretagem. Não existia pagamento de propina”, explicou.
A Polícia Federal afirma o contrário e no relatório da operação chama Luciane e as outras meninas de “pastinhas” e diz que elas eram encarregadas de aliciar políticos, gestores e prefeitos – sempre com objetivo de captar investimentos para os fundos podres mantidos pela organização criminosa.
Luciane Hoepers, que foi flagrada em diálogos telefônicos com o deputado estadual goiano Samuel Belchior (PMDB), condenou o preconceito vigente no Brasil. “Só porque sou uma mulher bonita, sou condenada a ser prostituta?”, questionou. Ela ainda desafio a delegada da operação, Andrea Pinho. A modelo mesmo disse na entrevista ao Fantástico que a PF gravou cerca de 396 telefonemas.
“Se tiver alguma gravação que me mostre como prostituta que a delegada solte, que comprove”, desafiou Luciane.
TV Record
O programa Domingo Espetacular, da TV Record, também exibiu neste domingo (29/9) reportagem sobre o caso. Uma equipe da emissora foi até Joinville e ouviu a mãe de Luciane. A senhora negou que a filha seja prostituta. “Minha filha faria tudo que fosse preciso. Lavaria chão, limparia banheiro, cozinharia, tudo. Mas ser prostituta de luxo, não”.